Documentário ‘Cazuza: Boas Novas’ revela últimos anos do artista; saiba data de estreia

Documentário ‘Cazuza: Boas Novas’ revela últimos anos do artista; saiba data de estreia

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Divulgação

Publicado em 18/06/2025 às 14:37 / Leia em 2 minutos

No mês em que se completam 35 anos da morte de Cazuza, um dos maiores nomes do rock nacional, estreia nos cinemas brasileiros o documentário “Cazuza: Boas Novas”, marcado para o dia 17 de julho. A produção mergulha nos últimos anos de vida do cantor e compositor, revelando sua luta para permanecer vivo por meio da música, mesmo diante do avanço da Aids.

Dirigido por Roberto Moret e Nilo Romero, o longa costura depoimentos de artistas, familiares e amigos para traçar um retrato sensível do artista que enfrentou o preconceito, a decadência física e o julgamento público com coragem, irreverência e poesia.

Diagnosticado com o vírus HIV em 1987, Cazuza foi internado em um hospital de Boston, nos Estados Unidos, onde chegou a ficar entre a vida e a morte. De volta ao Brasil, lançou três discos em sequência, sendo o último, “Burguesia” (1989), encarado por ele como um ato final e uma tentativa de imortalizar sua voz em meio ao agravamento da doença.

O filme revela bastidores desse processo criativo e traz momentos de emoção, como o arrependimento de Nilo Romero por não ter participado da produção do último álbum. À época, Cazuza já dependia de uma ambulância à porta do estúdio para conseguir gravar.

Com direção delicada, o documentário também critica o comportamento da imprensa brasileira diante da deterioração de Cazuza. Um dos episódios mais marcantes é a capa da revista Veja, que estampou o cantor em estado frágil com a frase: “Uma vítima da Aids agoniza em praça pública”. O impacto emocional dessa exposição levou o artista a uma nova internação.

O filme contextualiza a epidemia de HIV nos anos 1980, marcada por estigma e desinformação, especialmente dentro da comunidade LGBTQIA+.

Com depoimentos de Gilberto Gil, Frejat, Leo Jaime e Ney Matogrosso — com quem viveu um breve romance —, o documentário também traz trechos do show realizado no Canecão, em 1988, que funciona como fio condutor da narrativa. A apresentação foi dirigida musicalmente por Ney e mostra um Cazuza provocador, debochado e, sobretudo, inteiro.

“Cazuza: Boas Novas” está na programação do Festival Internacional do Documentário Musical In-Edit, que acontece de 11 a 22 de junho, em São Paulo.

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