A Justiça da Argentina decidiu nesta terça-feira (17) que a ex-presidente Cristina Kirchner cumprirá prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, após ser condenada em um processo por corrupção ligado a 51 contratos de obras rodoviárias no sul do país, durante seus mandatos.
A decisão ocorre um dia antes da data marcada para que Kirchner se apresentasse às autoridades. Com a nova determinação, ela não precisará ir ao tribunal na quarta-feira (18).
Além da tornozeleira, a ex-presidente deve apresentar uma lista com nomes de familiares, advogados, médicos e policiais que poderão visitá-la durante o cumprimento da pena. Também foi ordenado que ela evite qualquer comportamento que perturbe a convivência pacífica com os vizinhos.
O advogado Carlos Beraldi, que representa Cristina, declarou que a decisão não impede que o presidente Lula visite a ex-mandatária em sua residência, em Buenos Aires.
A condenação foi confirmada pela Suprema Corte da Argentina no último dia 10 de junho. Desde então, apoiadores da líder peronista fazem vigílias em frente à sua casa.
Além da pena de prisão, Cristina Kirchner também está impedida de exercer cargos públicos de forma vitalícia, o que sua defesa classifica como perseguição política. Ela alega inocência e afirma que foi condenada por atos dos quais não participou diretamente.