Louvre fecha de surpresa com greve de funcionários e expõe crise do turismo de massa

Louvre fecha de surpresa com greve de funcionários e expõe crise do turismo de massa

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Com informações do Glamurama

Divulgação

Publicado em 16/06/2025 às 18:50 / Leia em 2 minutos

Na manhã dessa segunda-feira, o Museu do Louvre — o mais visitado do mundo — fechou repentinamente suas portas em Paris, após uma paralisação espontânea dos funcionários. Agentes de segurança, equipes da bilheteria e recepcionistas se recusaram a trabalhar, em protesto contra as condições insustentáveis provocadas pelo excesso de visitantes, falta de pessoal e infraestrutura precária. Aos olhos de milhares de turistas que aguardavam sob a pirâmide de vidro de I.M. Pei, tickets na mão, restou apenas a frustração. “É o gemido da Mona Lisa”, ironizou um visitante dos Estados Unidos. As informações são do Glamurama.

Segundo os trabalhadores, a média diária de 30 mil visitantes, um número que chega a picos acima de 40 mil, já ultrapassa em muito a capacidade do museu que abriga cerca de 38 mil obras em mais de 72 mil m². O problema não é recente, e infiltrações, variações térmicas, falta de banheiros e sinalização deficiente somam-se à sobrecarga das equipes, resultando em ambiente “físico, quase insuportável”, nas palavras de uma atendente da linha de frente.

A insuficiência de pessoal e de investimentos imediatos irritou os sindicatos, que criticam os planos de renovação anunciados pelo presidente Emmanuel Macron em janeiro. O projeto “Louvre New Renaissance”, com orçamento estimado em mais de €700 milhões (R$ 4,45 bilhões) para ser concluído até 2031, ainda não surtiu efeito para quem convive com o caos diário. “Não podemos esperar seis anos para receber ajuda”, declarou Sarah Sefian, representante dos funcionários, para a imprensa francesa.

Em resposta, parte da equipe avalia a criação de um “roteiro de obras-primas” com acesso limitado a ícones como a Mona Lisa e a Vênus de Milo, enquanto negociações seguem visando reabrir parcialmente o museu antes da previsão, na próxima quarta-feira. Críticos alertam que, sem soluções estruturais urgentes, o Louvre corre risco de ver suas obras ameaçadas além do desgaste humano, o que é justamente o oposto das intenções declaradas de Macron.

 

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