O Ministério das Relações Exteriores divulgou, nesta segunda-feira (16), uma nota afirmando que autoridades brasileiras que ficaram presas em Israel após o início dos ataques entre Israel e Irã ignoraram o alerta consular vigente desde outubro de 2023, que desaconselhava viagens não essenciais ao país.
“A Embaixada do Brasil em Israel mantém, desde outubro de 2023, alerta consular que desaconselha toda viagem não essencial àquele país e recomenda, desde então, que os brasileiros e brasileiras que se encontravam em Israel considerassem deixar o país”, diz o comunicado. À época, 1.413 brasileiros foram evacuados com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB).
O Itamaraty informou ainda que duas comitivas de autoridades brasileiras viajaram a convite do governo israelense, apesar da recomendação contrária. Após os ataques israelenses ao Irã na última quinta-feira (12), o espaço aéreo foi fechado, deixando as autoridades impossibilitadas de retornar ao Brasil.
Nesta segunda, uma operação coordenada pelo governo brasileiro permitiu a retirada de 12 autoridades por via terrestre, entre elas dois prefeitos de capitais brasileiras. O grupo seguiu até a Jordânia, de onde parte para a Arábia Saudita. De lá, embarcarão em um voo fretado de volta ao Brasil.
Outros 27 integrantes das comitivas ainda permanecem em território israelense, mas o governo de Israel teria proposto rota semelhante para a evacuação por terra.
O Itamaraty também fez um alerta sobre possíveis golpes envolvendo falsas ofertas de voos para brasileiros deixarem o país. “Recorda-se que o espaço aéreo israelense segue fechado, sem previsão de reabertura”, diz a nota.
