A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) se retratou neste domingo (16) após críticas recebidas por um post em que sugeriu ao rapper Oruam que fizesse “revolução com o pé no chão” e participasse da “organização coletiva”. A mensagem foi publicada depois que o artista questionou nas redes sociais o que poderia fazer diante da morte do jovem Herus Guimarães Mendes da Conceição, baleado durante uma operação policial no Morro Santo Amaro, no Rio de Janeiro, no início de junho.
A publicação gerou forte reação entre seguidores, que criticaram a parlamentar por dialogar com o cantor, apontando o histórico de acusações de homofobia contra ele, o fato de ser filho de Marcinho VP, líder do Comando Vermelho, e de ter uma tatuagem de Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Erika afirmou que “errou no tom” e que não conhecia os antecedentes e complexidades relacionados ao artista.
“A minha interação com ele, em momento algum, serviu para apoiar, endossar, legitimar ou inocentá-lo de qualquer posição ou comportamento que ele venha a ter”, disse a deputada.
Ela também rebateu os ataques que recebeu após a postagem. Para Hilton, a repercussão foi impulsionada por um “movimento orquestrado que encontra cúmplices até mesmo entre os oprimidos” e que teria sido impulsionado por pessoas “mal intencionadas”.
“Usaram disso para dizer que eu estava defendendo um criminoso, que estava pactuando com o Oruam e, pior, conseguiram construir uma narrativa ridícula de que eu odeio gays brancas”, declarou.
Essa semana, um comentário meu virou trending topic, manchete, desinformação e até teoria de conspiração. Tudo ao mesmo tempo.
O que aconteceu: Oruam foi ao Morro de Santo Amaro protestar ao lado da comunidade onde o jovem Herus foi assassinado pela polícia em uma festa junina.… pic.twitter.com/ZrpFWrc7CK
— ERIKA HILTON (@ErikakHilton) June 15, 2025
