O Reino Unido terá, pela primeira vez em mais de um século, uma mulher no comando do MI6, o Serviço Secreto de Inteligência responsável por operações no exterior. A nomeada é Blaise Metreweli, atual chefe de tecnologia da agência, um cargo popularmente conhecido como Q, em referência à personagem dos filmes de James Bond.
Metreweli assumirá o posto em outubro, no lugar de Richard Moore, que deixará a chefia após cinco anos à frente da organização. A decisão foi confirmada nesta segunda-feira (16) pelo primeiro-ministro Keir Starmer, que classificou a nomeação como “histórica”, num momento de “ameaças em escala sem precedentes”.
Como o MI6 é uma organização secreta, a chefe é a única funcionária cujo nome é “reconhecido publicamente”, e a agência não divulga quantos empregados tem no Reino Unido ou em suas estações pelo mundo.
A nova chefe do serviço secreto é formada em antropologia pela Universidade de Cambridge. Segundo colegas, desde criança sonhava em ser espiã. Em uma rara entrevista ao Financial Times, há três anos e publicada sob o pseudônimo “Ada”, revelou que entrou na inteligência após se interessar inicialmente pela carreira diplomática. Desde então, envolveu-se com temas como tecnologia nuclear, relações internacionais e operações em zonas de guerra.
“Estou orgulhosa e honrada por liderar o SIS e continuar servindo ao lado dos corajosos oficiais e agentes do MI6 e de nossos parceiros internacionais”, declarou em nota oficial.
