O número de mortos no acidente com o avião da Air India, que caiu na última quinta-feira (12) logo após decolar de Ahmedabad, no noroeste da Índia, subiu para 279, segundo um novo balanço divulgado neste sábado (14).
A informação foi confirmada por uma fonte policial à agência AFP.
Caso o número seja confirmado, o desastre poderá se tornar o acidente aéreo mais fatal do mundo desde 2014, quando um Boeing 777 da Malaysia Airlines foi abatido por um míssil sobre a Ucrânia, deixando 298 mortos.
Entre as vítimas, 38 estavam em solo, atingidas quando o Boeing 787-8, com destino a Londres, caiu sobre uma área residencial e explodiu. As demais mortes foram de passageiros e tripulantes que estavam a bordo. Apenas uma pessoa sobreviveu à tragédia.
O sobrevivente, um homem de 40 anos, escapou pela saída de emergência. Ele estava na poltrona 11A, localizada na parte dianteira da aeronave, contrariando duas estatísticas: a de mortes em acidentes aéreos e a de baixas maiores na frente da aeronave.
O voo transportava 230 passageiros e 12 tripulantes, incluindo 169 indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense. A identificação dos corpos está sendo feita com exames de DNA, segundo o ministro do Interior, Amit Shah, e o número final de vítimas será divulgado após a conclusão do processo.
As causas do acidente ainda estão sendo investigadas. Uma das duas caixas-pretas já foi localizada, e os destroços seguem sendo analisados pelas autoridades indianas.
A Air India informou que já inspecionou nove Boeings 787 da frota e pretende concluir a revisão dos demais em até 24 horas. As checagens foram exigidas pela autoridade de aviação da Índia como condição para retomar os voos com o modelo.