O artista plástico baiano Alberto Pitta será um dos destaques da ’36ª Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática’, que acontece entre os dias 6 de setembro de 2025 e 11 de janeiro de 2026, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo. Com conceito assinado por Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, Alya Sebti, Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza, Keyna Eleison e Henriette Gallus, o evento terá como inspiração o poema “Da calma e do silêncio”, da poeta Conceição Evaristo. A entrada é gratuita.
Em entrevista ao Alô Alô Bahia, Alberto Pitta destacou a importância de participar de um evento do porte da Bienal de SP: “As expectativas são enormes pois esta é a segunda Bienal mais importante do mundo depois da de Veneza. Penso que todo artista, de qualquer lugar, gostaria de participar de um evento como esse. Para mim, representa o resultado de uma luta de mais de 45 anos, para recuperar a autoestima do povo negro através da estética, contando nos panos dos blocos Afro e Afoxés a história do nosso povo. Estar entre os poucos brasileiros presentes nessa Bienal e ter sido convidado a participar me enche de orgulho.”
Considerado um dos maiores nomes do Brasil na criação de estampas afro-baianas e reconhecido como ‘zelador do que há de melhor na Bahia’ e ‘artista fino e requintado’ por artistas como Regina Casé e Caetano Veloso, Pitta acumula mais de quatro décadas de uma consagrada carreira. Ao longo deste período, participou de importantes mostras dentro e fora do Brasil. Entre as individuais, os destaques ficam por conta da Outros Carnavais, na Nara Roesler (2024) no Rio de Janeiro, Mariwó, na Paulo Darzé Galeria (2023), em Salvador e Eternidade Soterrada, organizada pela Carmo & Johnson Projects (2022) em São Paulo.
Já entre as coletivas, se destaca sua participação na 24ª Bienal de Sidney (2024); Stirring the Pot, na Casa da Cultura da Comporta, em Portugal; O Quilombismo: Of Resisting and Insisting. Of Flight as Fight. Of Other Democratic Egalitarian Political Philosophies, na Haus der Kulturen der Welt, em Berlim, na Alemanha (2023); Encruzilhada, no Museu de Arte Moderna da Bahia (2022), em Salvador, e Um Defeito de Cor, no Museu de Arte do Rio (2022), no Rio de Janeiro.
Paralelamente à Bienal de SP, em setembro, Pitta apresentará sua primeira exposição individual na Nara Roesler São Paulo. Em novembro, terá sua primeira exposição na Nara Roesler Nova York, ao lado do artista Elian Almeida.