Reprodução assistida cresce 36% no Brasil; conheça os principais tratamentos

Reprodução assistida cresce 36% no Brasil; conheça os principais tratamentos

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Surenã Dias

Divulgação

Publicado em 10/06/2025 às 12:36 / Leia em 3 minutos

A busca por alternativas para superar a infertilidade tem impulsionado o crescimento dos procedimentos de reprodução assistida no Brasil. Técnicas como a fertilização in vitro (FIV) e a inseminação artificial vêm se tornando opções cada vez mais eficazes para casais que desejam ampliar suas famílias.

Dados recentes do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mostram que em 2023 foram realizados 56.588 ciclos de reprodução assistida no país, um aumento de 36% em relação a 2020. Além disso, o número de embriões congelados também cresceu significativamente, passando de 86.833 em 2020 para 115.503 em 2023, refletindo avanços tecnológicos e maior especialização das equipes médicas.

Entre as alternativas mais procuradas por quem enfrenta dificuldades para engravidar, dois tratamentos costumam se destacar: a Fertilização In Vitro (FIV) e a inseminação artificial. Ambos fazem parte das principais técnicas da reprodução assistida e são indicados em diferentes situações, dependendo do histórico do casal, do diagnóstico médico e a gravidade dos possíveis problemas encontrados, e até da idade da paciente.

O Dr. Fábio Vilela, médico do IVI Salvador e especialista em reprodução assistida, ressalta que “cada caso é único, e por isso a escolha entre FIV e inseminação deve ser sempre individualizada. Avaliamos o histórico do casal, os exames laboratoriais e as perspectivas de sucesso com cada técnica para indicar o melhor caminho”. Segundo ele, os avanços tecnológicos e a experiência das equipes médicas oferecem resultados mais positivos e personalizados, renovando a esperança de muitos casais que enfrentam dificuldades para engravidar.

As taxas de sucesso da fertilização in vitro variam de acordo com a idade da mulher, alcançando entre 50% e 60% por ciclo em pacientes com até 35 anos, e diminuindo para cerca de 15% a 20% em mulheres acima dos 40 anos. Já a inseminação artificial apresenta taxas que vão de 10% a 20% por ciclo, podendo atingir até 60% de sucesso cumulativo após múltiplas tentativas, dependendo do histórico clínico e causas da infertilidade.

Qual a diferença entre FIV e Inseminação Artificial?

Embora ambas as técnicas tenham o mesmo objetivo, a inseminação artificial, também chamada de inseminação intrauterina, é considerada um procedimento de baixa complexidade. Nela, o sêmen do parceiro (ou de um doador) é preparado em laboratório e introduzido diretamente no útero da mulher no período mais fértil do ciclo.

Esse procedimento costuma ser indicado quando o fator masculino está levemente alterado, ou quando a mulher tem ovulação irregular e responde bem à estimulação ovariana. Casais homoafetivos femininos e mulheres que desejam uma produção independente também podem recorrer à inseminação caso não tenham fatores de saúde graves.

Já a FIV é um tratamento de alta complexidade, em que a fecundação do óvulo acontece fora do corpo da mulher, em laboratório. Os embriões formados são acompanhados por alguns dias e, depois, um ou mais são transferidos para o útero. A FIV é indicada em casos mais desafiadores, como endometriose avançada, obstrução das trompas, baixa reserva ovariana, idade materna avançada ou quando outros tratamentos não deram certo.

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