Fernanda Montenegro publica carta contra fechamento do Teatro de Contêiner Mungunzá, em SP: ‘Companhia fundamental’

Fernanda Montenegro publica carta contra fechamento do Teatro de Contêiner Mungunzá, em SP: ‘Companhia fundamental’

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Divulgação

Publicado em 10/06/2025 às 19:18 / Leia em 2 minutos

A atriz Fernanda Montenegro publicou, nesta terça-feira (10), uma carta enviada ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, na qual pede que a Prefeitura reconsidere o despejo da Companhia Mungunzá do terreno onde funciona, há quase uma década, o Teatro de Contêiner Mungunzá.

O espaço, localizado na Rua dos Gusmões, 43, no bairro da Santa Ifigênia, é referência cultural e social no centro da capital paulista.

“Peço, com muita esperança, Sr. Prefeito, que o senhor repense o fechamento, o despejo do Teatro de Contêiner Mungunzá”, escreveu Fernanda.

Ela ressaltou a relevância do grupo, que atua há 17 anos, sendo os últimos oito na sede atual. “São mais de 4 mil projetos realizados. […] É uma companhia teatral fundamental em São Paulo e no Brasil. Um espaço de comunhão humana”, disse ela.

O apelo foi enviado no último dia 3 e, nesta terça, a atriz compartilhou também a resposta recebida por meio do secretário de Governo, Edson Aparecido.

Segundo ele, “Governo do Estado e Prefeitura ofereceram locais para instalação do Teatro com doação de área definitiva. As negociações continuam”.

O Teatro de Contêiner enfrenta uma notificação da Prefeitura para desocupar o terreno, com a justificativa de que a área será destinada a ações voltadas ao acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade e problemas de moradia no centro da cidade.

A Companhia afirma, no entanto, que o espaço, construído em um terreno abandonado, já desempenha um papel social importante, promovendo cultura, convivência e acolhimento comunitário.

“Construímos o Teatro de Contêiner, uma referência que, ao longo desses últimos nove anos, abrigou diversas coletividades”, declarou o ator Marcos Felipe, um dos fundadores, em vídeo nas redes sociais.

O espaço abriga também uma horta comunitária, quadra de futebol, parquinho e mobiliários públicos, além de atividades artísticas, shows e ações com movimentos sociais.

Artistas como Matheus Solano e Samuel de Assis manifestaram apoio à permanência da Companhia no local. A Companhia Mungunzá também cobrou publicamente um posicionamento do secretário de Cultura da cidade.

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