Em Genebra, presidente da CNI defende modernização da Lei Trabalhista no Brasil

Em Genebra, presidente da CNI defende modernização da Lei Trabalhista no Brasil

Redação Alô Alô Bahia

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Violaine Martin / ILO

Publicado em 10/06/2025 às 15:47 / Leia em 2 minutos

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, discursou nesta segunda-feira (9) durante a 113ª Conferência Internacional do Trabalho (CIT), promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, na Suíça.

A conferência vai até o dia 13 de junho e trata de temas importantes para a indústria, como riscos biológicos no trabalho, plataformas digitais e informalidade. Em 2025, a CNI é a entidade responsável por liderar a delegação de empregadores brasileiros que participa do evento, representada por seu presidente.

Na avaliação da CNI, o mundo do trabalho tem passado por grandes transformações, impulsionadas pelas mudanças climáticas, pela integração da tecnologia e pelas novas formas de trabalhar.

Ciente dos desafios, Alban destacou a importância da modernização trabalhista brasileira (Lei 13.467/2017), abordando a necessidade de preservá-la e de seguir sua implementação, para que o país tenha uma legislação continuamente alinhada às necessidades de proteção e produtividade, que colabore com o desenvolvimento social, a competividade e o crescimento econômico.

Hoje, o Brasil tem mais de 210 milhões de habitantes e uma força de trabalho de 110 milhões de pessoas, no entanto, 40% está na informalidade. Na América Latina, o índice chega a 60%. O dado é alarmante, já que o Brasil enfrenta uma transição demográfica acelerada: daqui a 30 anos, um a cada quatro brasileiros será idoso.

“Tal quadro, associado a uma legislação trabalhista que está entre as mais rígidas do mundo, à baixa produtividade e à escassez de mão de obra qualificada, torna ainda mais relevante o debate sobre informalidade”, defendeu o presidente da CNI.

Em seu discurso, Alban também fez um apelo para que a OIT valorize o papel das empresas no desenvolvimento econômico e social, defendendo que setor privado é o motor da economia. “Entendemos que a OIT precisa considerar as particularidades de cada país, região e setor econômico, promovendo normas flexíveis, que tragam segurança jurídica e favoreçam a produtividade e novas vagas de trabalho”.

 

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