A Bahia continua majoritariamente católica, mas a diversidade religiosa seguiu crescendo no estado, entre os Censos Demográficos de 2010 e 2022. Nesse intervalo de tempo, o número de evangélicos cresceu.
Segundo o Censo 2022, 57,0% da população baiana de 10 anos ou mais de idade é católica, o que significa 7.002.933 pessoas. A participação dos católicos no estado era bem próxima da verificada no Brasil como um todo: 56,7% da população brasileira de 10 anos ou mais de idade é católica (100.216.153 pessoas).
Na Bahia, os evangélicos tinham a segunda maior participação na população. Eram 23,3% das pessoas de 10 anos ou mais de idade (1 em cada 5), ou 2.869.362, em números absolutos. O estado tinha a quarta maior população evangélica do país, mas só a 20ª proporção entre as 27 unidades da Federação (ou a 8ª menor).
Com participações praticamente iguais, na Bahia, vinham, em seguida, as pessoas espíritas (123.375, ou 1,0% do total) e as adeptas da umbanda e candomblé (123.322, 1,0% do total). O estado tinha o 6º maior contingente de espíritas e o 12º percentual. Tinha, ainda, a 4ª maior população adepta de religiões de matriz africana, e o 4º maior percentual, num ranking liderado por Rio Grande do Sul (3,2% de umbanda ou candomblé), Rio de Janeiro (2,6%) e São Paulo (1,5%).
Católicos x evangélicos
Na Bahia, a participação, em termos percentuais, das pessoas católicas na população de 10 anos ou mais de idade cai continuamente ao longo de toda a série dos Censos Demográficos realizados pelo IBGE, iniciada em 1940.
Em 1940, os católicos representavam 98,9% da população de 10 anos ou mais no estado, proporção que mostra recuos mais ou menos leves até 1980, quando chega a 93,9%. Depois começa a cair de forma mais acelerada, com um pico de recuo entre 1991 (86,8%) e 2000 (74,6%), sustentando um ritmo de perda de participação um pouco menor, mas ainda significativo em 2010 (65,7%) e 2022 (57,0%).
Entretanto, o número absoluto (total) de católicos no estado começou a diminuir apenas em 2010 (-0,2% ou menos 18,6 mil pessoas, frente a 2000) e recuou com bem mais intensidade em 2022, passando de 7,731 milhões para 7,002 milhões, o que representou menos 728,5 mil católicos em 12 anos (-9,4%).
Em contrapartida, nos três últimos Censos (2000, 2010 e 2022), tanto o número absoluto quanto a participação das pessoas evangélicas cresceram, sustentando as maiores altas entre as religiões.
Entre 2010 e 2022, a população evangélica baiana passou de 2,011 milhões para 2,869 milhões de pessoas, o que representou mais 858,2 mil evangélicos em 12 anos, num aumento de 42,7% – que veio após uma alta de 73,3% entre 2000 e 2010.