Em visita oficial à Bahia nesta quinta-feira (5), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, conheceu de perto o trabalho desenvolvido pelo Hospital Ortopédico do Estado da Bahia (HOEB), em Salvador. Acompanhado do governador Jerônimo Rodrigues e da secretária estadual da Saúde, Roberta Santana, o ministro destacou os avanços na assistência especializada oferecida pelo SUS na unidade, que é 100% pública e administrada pelo Hospital Albert Einstein.
Durante a visita, Padilha ressaltou a estrutura integrada do hospital, que reúne consultas, diagnósticos, cirurgias e reabilitação em um só lugar. “Estamos diante de uma unidade que integra em um único espaço o que o SUS tem de mais avançado: consulta, diagnóstico, cirurgia e reabilitação. O Ortopédico mostra que é possível oferecer especialidades com qualidade e equidade. A adesão ao programa reforça nosso compromisso em reduzir filas e garantir cuidado contínuo aos brasileiros”, afirmou, referindo-se ao Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), do Ministério da Saúde.
O Hospital Ortopédico, inaugurado em março de 2024, já realizou mais de dez mil cirurgias, 135 mil atendimentos ambulatoriais e 3.500 procedimentos pediátricos. Com 212 leitos, sendo 20 de UTI, dez salas cirúrgicas e estruturas voltadas para hospital-dia e reabilitação, a unidade é referência nacional em cirurgia ortopédica e reabilitação. Pioneiro no uso de tecnologias como artro-ressonância e escanometria no SUS, o HOEB também se destaca como polo de ensino e pesquisa, com 29 residentes em formação, e é reconhecido pela Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica como Centro de Treinamento.
O governador Jerônimo Rodrigues comemorou o reconhecimento do ministro e ressaltou o impacto do hospital na vida dos baianos. “Este hospital é fruto de um projeto bem conduzido e de uma gestão integrada. Em pouco mais de um ano, o Ortopédico já se tornou referência nacional em alta complexidade”, disse.

Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
A secretária Roberta Santana frisou o compromisso da unidade com a humanização e a inclusão. “Desde o início, desenhamos uma unidade que respeita a diversidade dos usuários. Temos um fluxo adaptado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e capacitação específica da equipe a fim de oferecer um cuidado mais sensível e inclusivo”, explicou.
Ela também destacou o alcance estadual do atendimento especializado. “A gente faz todo tipo de cirurgia ortopédica. Nós estamos avançando agora para o primeiro transplante ósseo que vai ser realizado aqui. Temos 13 salas cirúrgicas e mais de 18 consultórios sendo realizados. A gente atende não só os pacientes da Região Metropolitana de Salvador, mas todos os pacientes da Bahia. É um atendimento especializado também para a rede de urgência e emergência, ajudando no processo de regulação. E nós reduzimos significativamente o tempo de espera na regulação de pacientes. Principalmente, fraturas de fêmur em idosos, que o tempo chegava a quase 15 dias. Hoje, a gente consegue atender um paciente desses com menos de três dias”, destaca.
Para o diretor-geral do hospital, Roger Monteiro, a qualidade da assistência é resultado direto da gestão orientada por indicadores. “Conseguimos alcançar resultados expressivos porque unimos a expertise clínica ao rigor na gestão. Trabalhamos com protocolos baseados em evidências, integração entre equipes e acompanhamento constante de metas de produtividade e qualidade. O foco é claro: atender com excelência, eficiência e humanidade”, afirmou.
A agenda do ministro também incluiu tratativas sobre a futura inauguração do Centro de Medicina Desportiva, prevista para o segundo semestre, que deve integrar o HOEB à rede de atenção à saúde de atletas de alto rendimento e da população em geral. O novo espaço terá foco em prevenção, reabilitação e pesquisa em saúde esportiva.
Ao fim da visita, o ministro Alexandre Padilha classificou o hospital como modelo de excelência no SUS. “O que vemos aqui é a prova de que parcerias entre o SUS e instituições de excelência podem ser replicadas em outras partes do país. O Ortopédico é uma síntese do SUS que dá certo: público, gratuito e com padrão internacional de qualidade”, concluiu.