A Academia de Letras da Bahia deu início às obras de restauro das portas, janelas, esquadrias e vitrais do Palacete Góes Calmon. O projeto de conservação e restauração também inclui ações de educação patrimonial, como a publicação de livro sobre a história do Palacete e agendamento de visitas guiadas e acessíveis, voltadas a escolas públicas e universidades. As obras estão previstas para serem concluídas em novembro.
O Palacete Góes Calmon é parte da história da capital baiana. O imóvel está em processo de tombamento pelo Estado da Bahia e pelo município de Salvador e já serviu de moradia da família Góes Calmon. Foi também a primeira sede do Museu de Arte da Bahia e possui, além de riqueza arquitetônica e artística, um vasto acervo documental e bibliográfico da história de Salvador.
Desde 1983, o local é sede da ALB, entidade que promove atividades abertas ao público ministradas por acadêmicos e convidados, dentre estudiosos, docentes, pesquisadores e renomados profissionais das diversas áreas do conhecimento. “O Palacete Góes Calmon tem um importante papel na história baiana e, há mais de 40 anos, também sedia a Academia de Letras da Bahia. Temos a missão de zelar pela sua preservação”, explica o presidente da ALB, Aleilton Fonseca.
A obra terá a coordenação técnica do arquiteto Antônio Pedro de Paula Calazans. “Os trabalhos de restauração das esquadrias do Palacete Góes Calmon estão baseados no princípio do resgate e recuperação da originalidade da sua tipologia construtiva. Os serviços serão executados com madeira de lei para a realização das próteses, substituição de elementos danificados e execução de nova esquadria. As ferragens originais serão aproveitadas quando se apresentarem em condições de uso, agrupadas em ambientes para manter a leitura original e, no caso de substituição, quando necessário, será utilizado modelo similar aos existentes”, detalha Calazans.