Uma passageira de 31 anos foi flagrada, na noite de quarta-feira (4), tentando entrar no Brasil com 90 canetas emagrecedoras presas ao corpo, no Aeroporto Internacional de Salvador.
Segundo a Receita Federal, a mulher, natural de Tauá, no Ceará, carregava 60 unidades do medicamento Synedica Retatrutide e 30 do Mounjaro.
A apreensão foi feita com base em informações compartilhadas por equipes da Receita em outros estados, após a passageira desembarcar em voo da Air Europa vindo de Madri, com origem em Bruxelas e destino final em Fortaleza. O nome dela não foi divulgado.
O Synedica Retatrutide ainda não tem liberação da Anvisa e está em fase de testes clínicos. Composto por três hormônios, ele tem sido apontado como promissor no tratamento da obesidade, mas sua venda no Brasil é proibida e só deve ser autorizada a partir de 2026.
Já o Mounjaro, fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, foi aprovado pela Anvisa em 2023 e começou a ser comercializado no Brasil em maio deste ano. A caneta tem tirzepatida como princípio ativo, usada para controle do peso e do diabetes tipo 2, concorrendo com o popular Ozempic.
A passageira declarou ter adquirido os produtos por cerca de R$ 50 mil. No entanto, o valor de mercado das canetas no país ultrapassa R$ 400 mil. Após a apreensão, a Receita lavrou um Termo de Retenção e encaminhou a mulher e os medicamentos à Polícia Federal, por crime de contrabando.
