Um asteroide com até 690 metros de diâmetro vai passar pela Terra nesta quinta-feira (5), segundo dados da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA). Batizado de 2008 DG5, o corpo celeste não representa risco de colisão, mas sua aproximação é considerada incomum.
O objeto foi detectado em 2008 pelo Catalina Sky Survey, nos Estados Unidos, e pertence ao grupo dos chamados asteroides Apollo, cuja órbita cruza a da Terra. De acordo com os cálculos mais recentes, o 2008 DG5 passará a cerca de 3,49 milhões de quilômetros de distância do nosso planeta, aproximadamente nove vezes a distância entre a Terra e a Lua.
Ainda assim, por ultrapassar os 150 metros de diâmetro e se aproximar a menos de 7,5 milhões de quilômetros, o asteroide entra na categoria de “potencialmente perigoso”, conforme a classificação da NASA.
Com dimensões entre 310 e 690 metros, o 2008 DG5 está entre os maiores asteroides já catalogados, superando em 97% os objetos semelhantes que orbitam próximos à Terra. Segundo a ESA, é raro um objeto dessa magnitude passar tão “perto” do planeta, ainda que, em termos astronômicos, essa proximidade não seja ameaçadora.
O que aconteceria em caso de impacto?
Felizmente, a trajetória atual não oferece perigo. Mas, se um asteroide desse porte colidisse com a Terra, os efeitos seriam devastadores em escala regional. A colisão poderia provocar ondas de choque, incêndios florestais e até tsunamis.
Para fins de comparação, o famoso Evento de Tunguska, na Sibéria, em 1908, foi causado por um asteroide com apenas 40 metros de diâmetro. Ele explodiu no ar a cerca de 10 km de altitude, derrubando cerca de 80 milhões de árvores.
Já o asteroide responsável pela extinção dos dinossauros, o Chicxulub, tinha entre 10 e 15 quilômetros de diâmetro.
O 2008 DG5 completa uma volta ao redor do Sol a cada 514 dias terrestres. Sua próxima aproximação significativa da Terra está prevista para 2032.