Após três meses fechado para reformas e reestruturação, o Zoológico de Salvador reabriu as portas ao público nesta terça-feira (3), com uma proposta repaginada e voltada para a valorização da fauna brasileira. A principal mudança é a ausência de animais selvagens exóticos, como leões, tigres e elefantes, que costumavam atrair muitos visitantes.
Segundo o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Sodré, a decisão faz parte de uma nova estratégia de gestão. A ideia é transformar o zoológico em um espaço de conscientização e educação ambiental, focado na preservação dos animais nativos.
“O que vão encontrar aqui são animais da fauna brasileira. Tenho certeza que as crianças vão amar. Faz parte de um movimento de conscientização e educação sobre como lidar com a natureza”, ressalta.
Os animais que vivem atualmente no zoológico são, em sua maioria, resgatados de situações de risco ou tráfico ilegal, e não têm mais condições de retornar ao habitat natural. Alguns nasceram no próprio parque e recebem acompanhamento contínuo de veterinários e especialistas.
“Por que trabalhar com gorilas se eles são animais da fauna africana? Por que não com papagaio Xauá, que são da nossa região e precisam de ajuda do zoológico para não entrar em extinção? Importante fazermos isso, afinal, somos ricos em fauna e em biodiversidade”, reforça a bióloga e gestora técnica do parque, Ana Celly Lima.
Embora a nova diretriz já esteja em vigor, alguns poucos animais de fora da fauna brasileira ainda permanecem no espaço, por terem chegado antes da mudança de posicionamento. Entre eles estão um hipopótamo, uma zebra e dois ursos-de-óculos, espécie nativa da Cordilheira dos Andes.
