PGR pede prisão preventiva de Carla Zambelli após deputada fugir do Brasil

PGR pede prisão preventiva de Carla Zambelli após deputada fugir do Brasil

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Lula Marques/Agência Brasil

Publicado em 03/06/2025 às 17:25 / Leia em 2 minutos

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O pedido, feito nesta terça-feira (3), ocorre após a parlamentar anunciar que está fora do país, dias depois de ser condenada a dez anos de prisão pela Primeira Turma da Corte.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que será responsável por decidir se acata ou não o pedido da PGR.

Pela manhã, Zambelli afirmou em entrevista a uma rádio que viajou à Europa para realizar um tratamento médico e que pretende pedir licença do mandato.

“Eu vou me basear na Europa. Tenho cidadania europeia. Estou muito tranquila em relação a isso”, disse. A deputada, no entanto, não detalhou o tratamento ao qual se submeteria e voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal, alegando sofrer “pressão judicial”.

Ministros do STF ouvidos pelo jornal Valor Econômico avaliam que, se houver indícios de que a parlamentar deixou o Brasil para escapar do cumprimento da pena, seu nome poderá ser incluído na lista vermelha da Interpol.

Condenações em curso

Carla Zambelli foi condenada em maio a dez anos de prisão por contratar o hacker Walter Delgatti Neto para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir um falso mandado de prisão contra Alexandre de Moraes. A sentença foi dada pela Primeira Turma do STF, que considerou o ato uma grave violação institucional.

Além disso, a parlamentar também responde por outro processo relacionado a um episódio ocorrido às vésperas das eleições de 2022. Na ocasião, Zambelli foi filmada perseguindo um homem com uma arma de fogo nas ruas de São Paulo. O Supremo já tem maioria para condená-la a cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal.

Apesar da condenação, há controvérsias sobre a perda automática do mandato. A decisão final deverá passar pelo plenário da Câmara dos Deputados, que ainda não se manifestou sobre o caso.

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