Os corredores do Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador, viraram palco para um arraiá durante a tarde desta terça-feira (3). A quebra da rotina levou alegria aos pacientes e familiares em diversas alas do hospital, inclusive na pediatria – onde a emoção tomou conta. A ação foi conduzida por funcionários da unidade de saúde, que formam um grupo musical, além de dois médicos sanfoneiros: Adriane Barreto e Cássio Fernandes.
Como não poderia ser diferente neste mês de junho, a Oficina de Música do hospital apresentou os clássicos do forró durante a apresentação. Este é o terceiro ano que a médica Adriane Barreto é convidada para participar da ação. A profissional juntou a paixão pela sanfona com a medicina pela primeira vez em 2023, quando levou músicas aos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Eládio Lasserre, em Águas Claras.
Dessa vez, a médica contou com a parceria do cardiologista Cássio Fernandes, que também toca sanfona. Os acordes, acompanhados das músicas de forró, transformaram o clima tenso do hospital em festa de São João improvisada. E teve mais: as roupas quadriculadas e as bandeirolas coloridas deixaram a atmosfera mais aconchegante. Para os médicos, a música pode contribuir com o quadro de saúde dos pacientes.
“Cada música tem sua particularidade e, com isso, tocamos em um ponto que é muito singular em cada ser humano. Quando isso acontece, trabalhamos o lado emocional dos pacientes e dos familiares”, diz o médico Cássio Fernandes. “Muitos pacientes não vão poder sair do hospital durante o São João neste ano e podem sentir um pouco da nossa cultura mesmo estando internados”, completa Adriane Barreto.
À medida em que os funcionários avançavam pelos corredores, os olhos de pacientes brilhavam e os passos tímidos de dança aos poucos ganhavam forma. “Trazemos a música ao ambiente hospitalar por acreditar na importância desse mecanismo para as famílias e os pacientes”, disse Tânia Nascimento, assistente social do Roberto Santos.
É a oitava vez que a ação é realizada na unidade. Darlene Oliveira, mãe do pequeno Darlan, paciente internado na ala pediátrica, comemorou a apresentação: “É muito divertido e alegre. [A ação] muda nosso humor diante de tantos momentos difíceis”.