O mês de maio registrou volumes de chuva significativamente acima da média climatológica de 302,2 mm. De acordo com dados da estação de referência em Ondina, o acumulado chegou a 406,5 mm. Em outras regiões da capital baiana, os índices foram ainda mais expressivos. O Barro Duro, por exemplo, teve o maior volume registrado no período: 582,4 mm.
Nos últimos anos, apenas 2017, 2020, 2023 e 2025 superaram a média histórica, com destaque para 2020 (454,2 mm) e 2025 (406,5 mm). Já 2016, 2018, 2019, 2021, 2022 e 2024 ficaram abaixo da média, sendo 2021 o mais seco, com apenas 119,0 mm.
Logo nos primeiros seis dias do mês, as chuvas já haviam ultrapassado a média esperada para todo o período, influenciadas principalmente pela atuação de uma frente fria.
Entre os bairros com maiores acumulados de chuva destacam-se Barro Duro – Fundac (582,4 mm), Palestina (544,0 mm), Cajazeiras XI (532,8 mm), Mirante de Periperi (524,8 mm), Boca da Mata (520,6 mm), Águas Claras – Codesal (520,0 mm), Cassange (517,8 mm), Periperi (512,8 mm), Castelo Branco (505,0 mm) e Valéria (503,3 mm).
Os principais sistemas meteorológicos que atuaram em maio foram a frente fria e a formação de cavados nas proximidades da costa baiana. Segundo o Centro de Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil de Salvador (Cemadec), a previsão para junho indica chuvas acima da média histórica de 237,6 mm.
Temperaturas e ventos
A menor temperatura do mês foi registrada na madrugada do dia 22, em Barro Duro – Fundac, com 20,5°C às 3h55. Já as maiores rajadas de vento ocorreram entre os dias 2 e 4 de maio em Valéria (Embasa) – 60,5 km/h, Canabrava – Barradão – 64,8 km/h e na Vila Naval – 54,4 km/h.
Devido aos altos acumulados de chuva, superiores a 150 mm em apenas 72 horas, a Defesa Civil de Salvador acionou sirenes de alerta no dia 3 de maio, orientando a evacuação preventiva de moradores nas comunidades de Mamede – Alto da Terezinha, Irmã Dulce – Cajazeiras VII, Creche e Moscou – Castelo Branco e Bosque Real e Olaria – Sete de Abril.
A medida segue o protocolo do Plano Preventivo da Defesa Civil (PPDC) para áreas de risco durante períodos de chuva intensa. Equipes da Codesal atuaram nas comunidades, orientando os moradores a se deslocarem para locais seguros previamente definidos, como escolas municipais da região. A permanência nos abrigos foi mantida até a eliminação do risco de deslizamentos de terra.
