As sessões ordinárias da Câmara Municipal de Salvador serão retomadas nesta segunda-feira (2), às 14h30, no Plenário Cosme de Farias, no Paço Municipal. Desde o incêndio que, em fevereiro, comprometeu parcialmente o telhado e as instalações elétricas do prédio, as reuniões estavam sendo realizadas provisoriamente no Centro de Cultura Vereador Manuel Querino.
Neste primeiro momento, apenas o plenário será reaberto para as sessões ordinárias, com acesso restrito exclusivamente a essa finalidade. As demais áreas do edifício permanecem interditadas para a continuidade das obras de recuperação do telhado.
Os setores administrativos que funcionavam no Paço e foram remanejados após o incidente seguirão operando, provisoriamente, no Centro de Cultura, situado na Praça Thomé de Souza, abaixo da sede da Prefeitura.
“Toda requalificação da parte elétrica da Casa já foi concluída, bem como a primeira etapa [emergencial] das obras do telhado, que foi parcialmente atingido pelo fogo. O objetivo é retomar as atividades para o plenário com total segurança”, detalhou o presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz (PSDB), ao jornal Correio.
Muniz também informou que a reforma completa do Paço Municipal está em fase de elaboração de projeto, em diálogo com a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira, Tânia Scofield. “Estamos fazendo uma força-tarefa e os últimos arremates para retomar as sessões no prédio principal já na próxima segunda. Paralelo a isso, seguimos conversando com a Fundação Mário Leal Ferreira para definir como será feita a reforma total do prédio histórico”, explicou.
O Paço Municipal, sede da primeira Casa Legislativa entre as capitais brasileiras, é um dos mais relevantes exemplares da arquitetura civil colonial do país. A atual estrutura remonta a 1660 e tem como destaque a fachada principal, composta por arcadas de pedra de cantaria apoiadas sobre colunas toscanas.
A Câmara Municipal de Salvador foi criada junto com a cidade, em 1549, e destacou-se como uma das mais influentes câmaras do Império Colonial Português nas Américas. Até hoje, exerce um papel fundamental como elo entre a população e o poder público.