Carmo Dalla Vecchia tem um novo projeto confirmado. O ator e diretor irá estrelar e coproduzir “Coágulo”, um curta-metragem de terror LGBTQIAP+ dirigido por Hsu Chien. Na trama, o público acompanhará a história de um vampiro que ,durante o dia, trabalha como cuidador de idosos e, à noite, circula pelo underground em busca de vítimas. Também estão confirmados no elenco Fernando Braga, Márcio Rosario e Bayarad Tonelli.
Além do novo projeto audiovisual, Carmo também estrela, ao lado de Fernando Caruso, o espetáculo teatral “Corte Fatal”, no qual interpreta um cabeleireiro com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade que acaba envolvido no mistério do assassinato de uma cantora. Em recente entrevista a revista Caras, o artista comentou sobre sua identificação com o personagem.
“Eu não sei se tenho tanto TDAH assim. Acredito que, atualmente, pelo fato de consumirmos muita mídia eletrônica, e a mídia eletrônica ter essa agilidade, essa rapidez, acabamos meio que trabalhando nessa janela, sabe? É uma janela que abre, uma janela que fecha, e já foi para outro assunto, já trocou aqui. E a gente acaba trazendo isso muito para as nossas relações de hoje em dia (…) Principalmente eu, que me tornei esse influenciador digital, acabo trazendo essa agilidade que tenho no meu dia a dia para o espetáculo. É o poder que você tem de trocar de assunto muito rápido e, quando você troca de assunto, está completamente inteiro naquele assunto que está contando, e, ao mesmo tempo, aquilo troca e vai para outro lugar muito rápido (…) Vemos hoje em dia: você está no metrô, você está no ônibus, você está no restaurante, as pessoas estão com aquela porcaria daquele celular o tempo inteiro, passando vídeo muito rápido, de dois segundos. Você sabe se aquilo interessa ou não interessa. Não interessou, passou, passou. E são linguagens muito rápidas”, avalia.
Na ocasião, o artista também contou como busca escapar da sobrecarga mental. “Eu, que adoro um quebra-cabeça, vou para minha casa em Araras, coloco um quebra-cabeça na minha frente e deixo a minha cabeça ser consumida pelo único pensamento de união de peças. É uma das formas que consigo me tirar dessa coisa de agilidade do pensamento, porque, se a gente pensar, nossa cabeça não para de pensar. Se você vai fazer uma atividade aeróbica na academia, seja uma corrida ou um elíptico, sua cabeça vai para 30 mil lugares em 15 minutos”, afirma.