A pesca de um pirarucu com 92 quilos e 2,15 metros de comprimento no município de Malhada, no sudoeste baiano, reacendeu o alerta sobre a presença de espécies exóticas em bacias hidrográficas fora da Amazônia.
O peixe foi capturado na última segunda-feira (27), exatamente 40 dias após outro exemplar, de 80 quilos e 2,2 metros, ter sido fisgado na mesma cidade, na região pantaneira do rio São Francisco, conhecida como Quilombo do Pau D’Arco.
Pescadores capturam pirarucu de quase 100 kg na Bahia pic.twitter.com/GFkrGBA0NM
— Portal PS Notícias (@psnoticias1) May 27, 2025
Desta vez, o animal foi encontrado na Lagoa do Mucambo, o que sugere que a espécie pode estar se espalhando pela bacia do São Francisco. O pirarucu, também conhecido como Arapaima gigas, é um dos maiores peixes de água doce do mundo, podendo ultrapassar os 3 metros e atingir até 200 quilos.
Natural da Amazônia, ele é carnívoro e se alimenta de outros peixes, crustáceos e pequenos animais aquáticos.
Apesar de impressionar pelo porte, o pirarucu representa um risco ambiental quando aparece fora do seu habitat. Por não ter predadores naturais nesses novos ecossistemas, pode causar desequilíbrios na cadeia alimentar e ameaçar espécies nativas.
Casos semelhantes já foram registrados em outros estados, como São Paulo, onde pescadores capturaram exemplares no Rio Grande, na divisa com Minas Gerais.