O cantor Thiago Pantaleão, a apresentadora Angélica e a influenciadora Nath Cabral dividiram o palco para debater o tema “Saúde Mental e Sucesso Digital: Encontrando o Equilíbrio” em um painel do Rio2C 2025 desta quarta-feira (27). Com trajetórias distintas, mas interligada pela exposição nas redes, os três convidados compartilharam algumas vivências pessoais, provocaram reflexões e trouxeram perspectivas sensíveis sobre como lidar com a pressão da internet e manter a sanidade em meio ao jogo de números e visibilidade.
Thiago Pantaleão abriu sua fala com um relato íntimo sobre como sua relação com as redes sociais começou como uma tentativa de pertencimento. “Eu acho que minha proximidade com a internet foi querer construir um público, uma comunidade, de fato, porque eu vim de Paracambi, que é o interior do Rio de Janeiro, e eu sempre fui um pouco mais para frente do que as pessoas que moravam lá… Eu queria me encaixar, eu queria sentir que eu tinha um lugar para pertencer ali. Comecei a compor, cantar e dançar para me expressar mesmo como arte”, contou o cantor.
A conversa, conduzida com fluidez, foi se aprofundando no impacto emocional do ambiente digital. Angélica trouxe à tona sua forma de lidar com as críticas e o bombardeio de informações. “É um negócio que somos pessoas, né? Procuro não ler. Tem uma coisa que eles falavam antigamente, que era: o jornal de hoje embrulha o peixe de amanhã. É isso também. Infelizmente… E em alguns momentos, felizmente. Então não adianta a gente também ficar muito focado no problema. Vamos para a solução, vamos para a alegria… sem sofrimento”, opinou a apresentadora.
Já Nath Cabral reforçou a ideia de que nem toda mensagem precisa alcançar todos. “Nenhuma mensagem é para todo mundo”, pontuou, gerando reações positivas da plateia e dos colegas de painel. Angélica complementou: “Tem mensagens que a gente sabe também que vão ser muito para um público ali. E esse público vai ser muito atingido e vai ser bom.”
Conhecido por sua sinceridade e presença ativa nas redes, Thiago Pantaleão também comentou sobre os desafios de permanecer relevante em meio às constantes mudanças dos algoritmos. “Eu sou cronicamente online. Então eu consigo perceber até quando os números estão diferentes para todo mundo… Existem posts que vão viralizar, outros que passam uma mensagem, que são de posicionamento. Cada coisa tem seu lugar.”
Encerrando o painel com uma fala potente sobre autenticidade e autocuidado, o artista reforçou a importância de conhecer seus próprios limites: “Isso volta naquela de você se autoconhecer, de ter redes de apoio, porque você não vive sendo refém do algoritmo. Afinal de contas, o algoritmo é a opinião dos outros. E isso ajuda o artista, o comunicador, a passar uma mensagem mais verdadeira, mesmo que ela não atinja todo mundo — mas atinge quem precisa ouvir.”
