O apresentador, músico, influenciador digital e ator Jonas Almeida usou as redes sociais para desabafar sobre um diagnóstico que recebeu recentemente. Ele revelou que está com câncer no pulmão e foi submetido a uma cirurgia para retirar 20% do órgão.
Como parte do tratamento, o artista precisou passar por um procedimento cirurgico. Jonas Almeida revelou que ficou bastante assustado ao receber o diagnóstico da doença, mas garantiu que está bem. E ele descobriu o quadro após fazer um exame durante uma gripe, que havia infectado toda a família.
O QUE DIZ UM ONCOLOGISTA?
Para entender o quadro do ex-global, CARAS Brasil entrevista o Dr. Jorge Abissamra – médico oncologista e especialista em Oncologia Clínica pelo Instituto de Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho – que avalia o quadro do apresentador.
O câncer de pulmão é uma doença caracterizada pelo crescimento desordenado e descontrolado de células nos tecidos pulmonares. Segundo o oncologista, é necessário estar atento aos sinais, pois nas fases iniciais não costuma apresentar sintomas.
“É muito importante estar atento a esses sinais, especialmente quando persistem por mais de duas a três semanas. O câncer de pulmão, especialmente nas fases iniciais, pode ser silencioso, sem apresentar sintomas claros”, afirma. Os sinais mais comuns incluem:
• Tosse persistente, que pode piorar com o tempo;
• Falta de ar;
• Dor no peito;
• Rouquidão;
• Perda de peso sem causa aparente;
• Cansaço excessivo;
• Escarro com sangue;
SEM IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA
Nas redes sociais, Kelly Maria, esposa de Jonas, atualizou o estado de saúde do marido e revelou que ele está se recuperando bem após a cirurgia. Por conta do câncer, ele revelou que o procedimento tinha como previsão retirar 20% do pulmão. O Dr. Jorge avalia.
“É possível viver normalmente após a retirada de parte do pulmão, especialmente se a pessoa não tiver doenças pulmonares prévias. Retirar 20% do pulmão é considerado um procedimento conservador, chamado de segmentectomia ou lobectomia parcial, dependendo da região retirada”, avalia.
Segundo uma informação levantada pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC, na sigla em inglês), e publicada no periódico científico The Lancet Respiratory Medicine, vem aumentando os casos de câncer de pulmão em pessoas não fumantes. O Dr. Jorge explica.
“Nesses casos, outros fatores estão envolvidos, como predisposição genética, exposição prolongada à poluição, gases como o radônio, produtos químicos, fumaça de cozinha (em alguns países), e até infecções virais. Além disso, alguns tipos específicos de câncer de pulmão, como o adenocarcinoma que é o mais comum, são mais frequentes em não fumantes, especialmente em mulheres. Apenas um tipo histológico de câncer de pulmão ocorre apenas em fumantes. Os outros podem correr em fumantes e não fumantes”, finaliza ao analisar o caso do apresentador.