No comando do Jornal Hoje, César Tralli não segurou a emoção ao relembrar um drama pessoal. Após uma reportagem sobre o alto índice de analfabetismo entre pessoas com deficiência exibida nesta sexta-feira (23), o jornalista falou sobre a experiência da irmã, Gabriela, que faleceu em 2018, aos 40 anos. Diagnosticada com síndrome de Noonan, ela enfrentou grandes desafios para ter acesso à aprendizagem.
“É impressionante como as portas costumam ficar fechadas do que abertas. Aí, é um esforço da família para abrir alguma porta. Quem tem um filho ou um parente assim, sabe bem como é. Eu tive uma irmã com deficiência física e intelectual e sei o esforço que foi na minha casa, especialmente da minha mãe, para conseguir essa inclusão”, disse Tralli, comovido
Ele relatou ainda que, após muita insistência da mãe, Edna Tralli, a jovem conseguiu ser matriculada em uma escola. “Ela começou a estudar, com todas as dificuldades, claro. Depois foi trabalhar numa biblioteca, chegou a ser registrada e ganhava meio salário-mínimo por mês. A dignidade que você traz para esse ser especial e para a família não tem nada no mundo que pague. Quem aceita uma pessoa assim com deficiência vai se tornar um ser humano muito melhor. Vai ser educado a saber tratar com amor, carinho e respeito”, finalizou o apresentador.