‘Tem Arte nas Ruas’ transforma bairros de Salvador em galeria de arte a céu aberto

‘Tem Arte nas Ruas’ transforma bairros de Salvador em galeria de arte a céu aberto

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion/Alô Alô Bahia

Divulgação/Croqui Tarcio V

Publicado em 22/05/2025 às 16:56 / Leia em 3 minutos

Sob o lema “A arte vive onde a vida pulsa”, Salvador se prepara para receber a primeira edição do projeto “Tem Arte nas Ruas”, que vai colorir e revitalizar os bairros do Curuzu, São João do Cabrito e Uruguai com intervenções artísticas e ações formativas.

A iniciativa propõe uma verdadeira celebração da arte urbana e da identidade cultural local, transformando as comunidades em espaços de criação, pertencimento e visibilidade. Ao todo, 30 artistas – sendo 20 da Bahia e 10 de outros estados – darão vida a uma galeria a céu aberto que dialoga com a história, os afetos e os territórios de quem vive nas áreas envolvidas.

“O projeto nasceu do desejo de transformar o espaço público em palco e galeria, levando arte para onde as pessoas estão. Acreditamos que cultura acessível fortalece vínculos, valoriza talentos e ressignifica a cidade como um lugar de encontro, expressão e pertencimento”, afirma Fernanda Bezerra, diretora executiva da Maré Produções, idealizadora da ação.

Com curadoria da historiadora e produtora cultural Salete Perroni, referência na arte periférica em espaços urbanos, o “Tem Arte nas Ruas” também oferece oficinas gratuitas de grafite em parceria com instituições locais. Serão disponibilizadas até 150 vagas para participantes de diferentes faixas etárias, promovendo o desenvolvimento de habilidades criativas e a valorização da arte urbana como linguagem de transformação.

Todas as intervenções artísticas são desenvolvidas em diálogo com os moradores e passam por aprovação prévia, garantindo que as obras estejam alinhadas às vivências, valores e memórias de cada território. A primeira etapa do projeto acontece de 26 de maio a 7 de junho no Curuzu, em parceria com o Ilê Aiyê, símbolo da resistência e da cultura negra.

Serão produzidas 13 obras, incluindo a restauração do grafite em homenagem a Mãe Hilda Jitolu, referência ancestral e espiritual. A revitalização de fachadas de quatro residências também integra a ação, promovendo autoestima e ressignificação estética do bairro. “A presença da arte nos espaços públicos transforma a paisagem cotidiana e cria oportunidades de encontro, reconhecimento e diálogo com a memória coletiva e as narrativas locais”, conclui Salete.

Na sequência, o projeto segue para o São João do Cabrito, bairro conhecido por sua forte identidade cultural, e encerra no Uruguai, marcado por lutas sociais e manifestações artísticas potentes. Para mais informações e atualizações, acompanhe o projeto nas redes sociais: @temartenasruas.

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