STF torna dez militares do ‘Núcleo 3’ réus por tentativa de golpe em 2022

STF torna dez militares do ‘Núcleo 3’ réus por tentativa de golpe em 2022

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Rosinei Coutinho/STF

Publicado em 20/05/2025 às 18:34 / Leia em 3 minutos

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, transformar em réus 10 dos 12 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no chamado “núcleo 3” da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas urnas, em 2022.

Os ministros acompanharam o voto do relator, Alexandre de Moraes. Ele acolheu parcialmente a denúncia, pois afirmou que não há elementos suficientes para acolher a denúncia contra dois militares: o coronel da reserva Cleverson Magalhães e o general Nilton Diniz Rodrigues.

Esta foi a primeira vez que o Supremo rejeitou uma denúncia contra acusados pela PGR no inquérito do golpe.

De acordo com a denúncia, esse grupo estaria responsável pelas ações operacionais da trama golpista, que incluíam articulações para pressionar o alto comando das Forças Armadas a aderir a um plano de ruptura institucional.

Os investigados são acusados de cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

A composição do núcleo é majoritariamente formada por militares do Exército, entre oficiais da ativa e da reserva, além de um agente da Polícia Federal. São eles:

  • Bernardo Correa Netto, coronel preso na Operação Tempus Veritatis;

  • Cleverson Ney, coronel da reserva;

  • Estevam Theophilo, general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres;

  • Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército;

  • Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel ligado ao grupo “kids pretos”;

  • Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército;

  • Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército;

  • Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel e integrante do grupo “kids pretos”;

  • Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel, também ligado ao grupo;

  • Ronald Ferreira de Araújo Junior, tenente-coronel acusado de participar de discussões sobre a minuta golpista.

Com a abertura da ação penal, o processo segue para a fase de instrução. Serão ouvidas testemunhas de acusação e defesa, antes da apresentação das alegações finais e do julgamento definitivo.

Com esta decisão, o STF já soma 33 réus no conjunto de denúncias encaminhadas pela PGR sobre os diferentes núcleos da tentativa de subversão democrática investigada no inquérito que apura a articulação golpista de 2022.

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