A Bahia registrou, em 2024, o pior índice de mortalidade no trânsito dos últimos 25 anos. Foram 2.993 mortes em Acidentes de Transportes Terrestres (ATT), o que representa uma média de oito óbitos por dia e um aumento de 5,1% em relação a 2023.
Levantamento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) aponta que, entre 2000 e 2024, o estado acumulou 50 mil mortes em acidentes desse tipo. O ano de 2024 teve a maior taxa de vitimização do período: 20,2 mortes a cada 100 mil habitantes.
Os acidentes também impactaram fortemente o sistema público de saúde. Ao todo, 15,8 mil pessoas precisaram de internação no Sistema Único de Saúde (SUS), com custo médio de R$ 1.119,45 por paciente e tempo médio de hospitalização de 4,7 dias. Destas internações, 195 terminaram em óbito, um aumento de 5,4% em comparação a 2023.
Os dados mostram ainda que metade das mortes em ATT ocorreram em vias públicas. Homens representaram 80% das vítimas fatais, e a faixa etária mais afetada foi de 35 a 44 anos, respondendo por 23% dos óbitos.
Quanto à natureza dos acidentes, 39,6% das mortes envolveram ocupantes de veículos, 39% motociclistas e 14% pedestres.
O número de internações por acidentes com motocicletas também disparou. Em 2024, foram registrados 12.888 casos, mais que o dobro do observado dez anos antes. Em 2014, foram 5.949 internações. O aumento de 117% é atribuído, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), à ampliação da frota de motocicletas no estado.
