O presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, decidiu não tentar retornar ao cargo. Em petição apresentada nesta segunda-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do dirigente comunicou oficialmente a desistência da disputa e o encerramento da batalha judicial que travava desde o fim de 2023.
No documento, Ednaldo afirma que os acontecimentos recentes, incluindo seu afastamento por suspeitas de falsificação de assinatura em um acordo entre a CBF e seus opositores, “afetaram sua vida familiar” e, por isso, optou por não mais concorrer a nenhum cargo na entidade.
“Este gesto, sereno e consciente, representa o esforço do Peticionário em deixar para trás este último ato do litígio, rejeitar narrativas que ferem sua honra e de sua família, e reafirmar, diante dessa Suprema Corte, como sempre fez, seu compromisso com o respeito à Justiça, à verdade dos fatos e à estabilidade institucional da Confederação Brasileira de Futebol”, diz o texto.
O ex-presidente também afirmou não estar apoiando nenhum candidato na eleição convocada pelo interventor judicial da CBF. “Desejo sucesso e boa sorte àqueles que vão assumir a gestão do futebol brasileiro”, declarou.
A decisão representa o ponto final em um conflito jurídico que se arrastava desde dezembro de 2023, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou a eleição de Ednaldo, realizada em 2022, por irregularidades no processo. Ele chegou a retornar ao cargo em janeiro de 2024, graças a uma liminar do STF, que considerou que a manutenção da intervenção poderia acarretar punições da Fifa e da Conmebol ao futebol brasileiro.
