Condenada pelo STF, Zambelli recorre a seguidores e pede Pix para pagar R$ 2 milhões; veja vídeo

Condenada pelo STF, Zambelli recorre a seguidores e pede Pix para pagar R$ 2 milhões; veja vídeo

Redação Alô Alô Bahia

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José Mion/Alô Alô Bahia com informações do Metrópoles

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Publicado em 19/05/2025 às 13:35 / Leia em 3 minutos

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) divulgou nesta segunda-feira (19), em suas redes sociais, um vídeo no qual solicita doações via Pix a seus seguidores para arcar com multas judiciais decorrentes de processos em que foi condenada. O apelo acontece poucos dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) sentenciar a parlamentar a 10 anos de prisão e ao pagamento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos, em razão de seu envolvimento em um esquema de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.

“Essa é uma batalha por todos nós”, escreveu Zambelli na publicação. Ela afirma ter feito o pedido com o “coração apertado” e coragem para seguir “de cabeça erguida”. Segundo a deputada, ela não tem condições de quitar sozinha os valores das penalidades, algumas das quais já estão em fase de execução antecipada.

No vídeo, Zambelli nega ter cometido qualquer crime e volta a dizer que é vítima de perseguição política por parte do STF. Ela também menciona o episódio em que foi filmada armada perseguindo um homem nas ruas, na véspera do segundo turno das eleições de 2022, caso pelo qual foi condenada por porte ilegal de arma.

A deputada afirma ainda ser alvo de mais de 20 processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relacionados à disseminação de fake news. “Semana passada, paguei uma multa de R$ 44 mil. Meu pai teve que vender o carro para me ajudar”, relatou.

Condenação por invasão ao CNJ

A condenação mais recente de Zambelli, decidida por unanimidade pela Primeira Turma do STF, diz respeito à invasão dos sistemas do CNJ em janeiro de 2023. De acordo com denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), a parlamentar foi a mentora intelectual do ataque cibernético, que resultou na emissão fraudulenta de um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Segundo a Polícia Federal, a ação foi executada pelo hacker Walter Delgatti Neto, que confessou ter agido sob orientação direta de Zambelli. Ele afirmou que recebeu da deputada um texto a ser inserido no sistema e pagamentos que somam pelo menos R$ 13,5 mil. A PF também apontou que o hacker utilizou credenciais falsas para acessar os bancos de dados do Judiciário.

A decisão do STF prevê ainda a cassação do mandato de Carla Zambelli, a ser efetivada após o trânsito em julgado do processo, ou seja, quando não couberem mais recursos.

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