Na contramão da tendência, casamentos entre pessoas do mesmo sexo batem recorde no Brasil

Na contramão da tendência, casamentos entre pessoas do mesmo sexo batem recorde no Brasil

Redação Alô Alô Bahia

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José Mion/Alô Alô Bahia com informações do g1

Agência CNJ

Publicado em 16/05/2025 às 10:51 / Leia em 2 minutos

O Brasil registrou em 2023 o maior número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo desde a regulamentação da união civil homoafetiva. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram 11.198 registros, número recorde desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) assegurou esse direito à população LGBTQIA+.

As uniões homoafetivas representaram 1,9% do total de casamentos civis realizados no país em 2023. Enquanto o número geral de casamentos caiu 3% em relação ao ano anterior, com 940.799 registros, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo seguiram na contramão e cresceram 1,6%.

O aumento foi puxado, sobretudo, pelas uniões entre mulheres, que subiram 5,9% em comparação com 2022. Já os casamentos entre homens recuaram 4,9%.

Os dados também revelam que os casais homoafetivos tendem a se casar mais tarde. Mulheres que se casam com outras mulheres têm, em média, 32,7 anos, enquanto aquelas que se casam com homens o fazem aos 29,2. Entre os homens, a média de idade é de 34,7 anos nas uniões homoafetivas, contra 31,5 nas heterossexuais.

De acordo com a pesquisadora do IBGE Klivia Brayner, a queda geral nos casamentos reflete transformações sociais e culturais. “Pode ter relação com a própria mudança na sociedade. Não estão priorizando o casamento civil, não é mais uma exigência da sociedade. Hoje as pessoas têm mais liberdade para decidir se querem casar”, explica.

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