Desmatamento no Brasil caiu mais de 32% em 2024, revela MapBiomas

Desmatamento no Brasil caiu mais de 32% em 2024, revela MapBiomas

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Joédson Alves/Agência Brasil

Publicado em 15/05/2025 às 10:40 / Leia em 2 minutos

O desmatamento no Brasil caiu 32,4% em 2024 em comparação com o ano anterior, segundo dados do Relatório Anual do Desmatamento (RAD), divulgado nesta quinta-feira (15) pela rede MapBiomas. Apesar da queda, o país ainda perdeu 1.242.079 hectares de vegetação nativa, o equivalente a cerca de 3.403 hectares por dia — uma área maior que 3.500 campos de futebol.

A maior parte da devastação continua concentrada na Amazônia Legal, responsável por 67% da área desmatada entre 2019 e 2024. Ainda assim, a região apresentou uma redução de 16,8% no desmatamento neste ano. Cinco dos seis biomas brasileiros registraram queda: Pantanal (-58,6%), Pampa (-42,1%), Cerrado (-41,2%), Amazônia e Caatinga (-13,4%). A única exceção foi a Mata Atlântica, com aumento de 2%, impulsionado por eventos climáticos extremos.

Mesmo com a retração, o Cerrado manteve o título de bioma mais desmatado do país, com 652.197 hectares perdidos, o que representa quase metade da devastação nacional. A principal causa segue sendo o avanço da agropecuária, responsável por mais de 97% da perda de vegetação nativa desde 2019.

A região do MATOPIBA (acrônimo para Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) concentrou 75% do desmatamento no Cerrado e 40% da área desmatada em todo o país em 2024. O Maranhão lidera o ranking nacional, com mais de 218 mil hectares devastados, seguido por Pará, Tocantins, Piauí e Bahia, esta última com 133.334 hectares.

Entre os municípios, São Desidério (BA) e Balsas (MA) registraram as maiores perdas. Lábrea (AM) aparece na terceira posição. Ao todo, 2.990 municípios tiveram algum nível de desmatamento no ano. Estados como Rio Grande do Sul e Acre, no entanto, destoaram da tendência nacional, com aumentos de 70% e 31%, respectivamente, atribuídos a eventos climáticos extremos.

A rede MapBiomas destaca que a redução nos índices pode ser atribuída a três fatores principais: a implementação de planos de combate ao desmatamento em todos os biomas, o aumento da atuação de estados na fiscalização ambiental e o uso de critérios ambientais na concessão de crédito rural.

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