Um dos imóveis mais sofisticados e exclusivos da Praia do Forte, no litoral norte da Bahia, foi recentemente colocado à venda. A propriedade à beira-mar tem projeto assinado pelo arquiteto Sig Bergamin e pertenceu ao ex-banqueiro Ezequiel Nasser, que teve destaque no setor financeiro nos anos 1990.
Embora o valor exato da venda não tenha sido revelado oficialmente, estimativas do mercado imobiliário indicam que a mansão está avaliada em torno de R$ 60 milhões. O montante consolida o imóvel entre os mais caros da região.
Com vista privilegiada para o mar e localização próxima às piscinas naturais da Praia do Forte, a residência ocupa um terreno de mais de 5 mil metros quadrados. A área construída soma 1.074 m², distribuída entre a casa principal — com sete dormitórios —, uma casa de hóspedes com três suítes e uma edificação de apoio destinada à equipe de funcionários, com dois quartos.
Entre os destaques da infraestrutura estão uma piscina de borda infinita voltada para o mar, espaço gourmet integrado e um extenso jardim tropical. O acesso à praia é direto, em uma das áreas mais valorizadas da vila.
Ezequiel Nasser
A propriedade ficou conhecida também por seu antigo dono, Ezequiel Nasser, ex-presidente do Banco Excel, instituição que ganhou notoriedade nos anos 1990 por adotar estratégias de crescimento acelerado, como aquisições de instituições menores e a oferta de produtos financeiros considerados arrojados para a época.
Nasser chegou a declarar publicamente sua intenção de transformar o Excel em um dos maiores bancos do país, superando instituições consolidadas como Itaú e Bradesco. Na Bahia, ele também ficou conhecido por patrocinar clubes de futebol como o Vitória, além de times como Corinthians e Botafogo.
Em 1996, o Banco Excel adquiriu o Banco Econômico, que estava em processo de liquidação extrajudicial. A compra representou o ponto alto da atuação de Nasser no sistema financeiro brasileiro.
No entanto, o modelo de negócios agressivo do Excel chamou atenção por práticas contábeis questionáveis e pelo elevado nível de risco das operações. A situação culminou, em 1998, na venda da instituição ao grupo espanhol BBV por um valor simbólico de R$ 1, após a constatação de um rombo bilionário nas contas do banco durante a auditoria.
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