A ativista indígena Guarani, escritora e psicóloga Geni Nuñez desembarca em Salvador nesta quinta-feira (15) para participar de um encontro inédito com professores da rede municipal de ensino. A atividade integra a programação do projeto de arte-educação Era Uma Vez… Brasil e terá como tema “Pindorama e Brasil: o legado de lutas e resistências indígenas”.
Voltado a estudantes e professores de História do 8º ano do ensino fundamental de escolas públicas, o projeto chega à sua 9ª edição em 2025 com foco na valorização das contribuições indígenas e afro-brasileiras na formação do país. Este ano, a iniciativa está sendo realizada simultaneamente em quatro estados e 15 cidades brasileiras. Na Bahia, além da capital, o projeto acontece também em Camaçari, Jacobina e Mata de São João.
Com três livros publicados, Geni Nuñez se destaca como uma das principais vozes da luta indígena contemporânea, tanto na literatura quanto nas redes sociais, promovendo uma abordagem descolonizadora sobre temas ligados à causa indígena. Em 2024, seu trabalho ganhou ainda mais visibilidade ao alcançar o quarto lugar na lista de livros mais vendidos da 22ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).
Pós-doutoranda no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), Nuñez é doutora pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde também concluiu o mestrado em Psicologia Social e a graduação em Psicologia. Ela integra ainda a Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY).
