Com Janja e Dilma, ‘Ainda Estou Aqui’ é lançado na China e será exibido em 10 mil salas

Com Janja e Dilma, ‘Ainda Estou Aqui’ é lançado na China e será exibido em 10 mil salas

Redação Alô Alô Bahia

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José Mion/Alô Alô Bahia

Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 13/05/2025 às 08:33 / Leia em 3 minutos

O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025, começa a ser exibido nesta semana em mais de 10 mil salas de cinema na China. A pré-estreia, realizada nesta segunda-feira (12) em Pequim, contou com a presença da primeira-dama Janja Lula da Silva e da ex-presidenta da República Dilma Rousseff, que atualmente preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics.

Em publicação nas redes sociais, Janja celebrou a conquista e destacou a relevância simbólica do momento. “Em toda a China, mais de 10 mil salas de cinema exibirão esse filme tão importante para a memória do nosso país, um recorte da história recente do Brasil que narra os horrores de um regime autoritário que matou milhares de homens e mulheres e mudou para sempre a vida de famílias como a família Paiva. Vivenciar este momento ao lado da primeira Presidenta do Brasil, Dilma Roussef, uma sobrevivente da Ditadura Militar, tornou o momento ainda mais emblemático”, escreveu.

Dilma respondeu à publicação com uma mensagem de afeto: “Querida Janja, só tenho a agradecer: pela homenagem e por sua amizade. Conte sempre comigo”.

De acordo com o jornal Valor Econômico, o governo chinês permite a exibição de apenas 34 filmes estrangeiros por ano no país, que possui cerca de 90 mil salas de cinema. A autorização para a estreia de “Ainda Estou Aqui” foi fruto de articulação da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) em parceria com a Embaixada do Brasil em Pequim, como parte de um esforço para aprofundar as relações culturais e comerciais entre os dois países.

O longa, dirigido por Walter Salles e baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, revive a história do ex-deputado Rubens Paiva, preso, torturado e assassinado pela ditadura civil-militar brasileira em 1971, além da incansável luta de sua esposa, Eunice Paiva, para revelar os responsáveis pelo crime.

Com Fernanda Torres (indicada ao Oscar de Melhor Atriz) e Fernanda Montenegro no papel de Eunice, e Selton Mello como Rubens Paiva, o filme se tornou um fenômeno de público. Desde sua estreia, já foi assistido por mais de 5 milhões de espectadores e arrecadou R$ 104,7 milhões, tornando-se a terceira maior bilheteria nacional desde 2018 — atrás apenas de “Minha Mãe é uma Peça 3” e “Nada a Perder”.

Segundo dados inéditos da Secretaria de Regulação da Ancine, o impacto do longa no mercado foi expressivo: somente em 2025, ele respondeu por 32% do público total de filmes nacionais, contribuindo para um market share de 30,1% do cinema brasileiro no ano. Sem ele, a participação cairia para 22,1%.

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