Diagnosticada com Parkinson, uma condição neurológica que afeta a coordenação motora e causa tremores, lentidão, rigidez muscular, desequilíbrio e outros sintomas físicos e emocionais, Renata Capucci revelou como tem lidado com a doença. A jornalista, que recebeu o diagnóstico há cerca de sete anos, conta que a sua condição de saúde não atrapalha o trabalho e que tem praticado exercícios físicos como forma de evitar o avanço dos sintomas da doença.
“Acho que o grande problema é que não sabe como você vai evoluir, ninguém sabe. Eu era muito nova. Aí você vê na internet coisas que você não quer ver. Não recomendo. Cada um tem o seu Parkinson particular. Cada um tem a sua evolução, o seu curso da doença e o seu tratamento. Hoje estou bem tranquila com relação a isso, porque vejo que a minha evolução é lenta, felizmente. E faço tudo o que eu posso para mantê-la lenta (…) A única coisa que se sabe até hoje que freia a evolução da doença de Parkinson é o exercício físico. Então eu faço e sou caxias. Segunda, quarta e sexta faço hidro power, que é uma hidroginástica que usa mais equipamentos e acelera mais o coração. Às terças, quintas e sábados faço musculação. No domingo, se sobra um gás, eu ainda dou uma corridinha na Lagoa. Sempre fiz exercício físico, mas aumentei muito. Eu não posso parar, porque o sedentarismo é o meu pior inimigo”, detalhou Renata, ao jornal O Globo.
Apesar de ter recebido o diagnóstico em 2018, enquanto participava do programa “Popstar”, da Globo, Renata só falou abertamente sobre a sua condição de saúde quatro anos depois. Atualmente, o seu objetivo é contribuir para um olhar mais humano e menos estigmatizado sobre o assunto. “Se eu puder ajudar uma pessoa a entender a doença, buscar tratamento e valorizar os exercícios físicos, então meu diagnóstico não é o fim — é um recomeço”, afirmou.
Durante uma transmissão ao vivo com neurologista Mariana Moscovich nas redes sociais, Renata também falou sobre os desafios de lidar com o Parkinson. “É uma doença que é uma montanha-russa Tem dias que você está muito bem e tem dias que você não está nada bem, aí não consigo fazer a correlação entre causa e efeito”, explicou. “Eu não fiz nada para ter essa doença, essa doença existe, mas eu não me vitimizo por ter parkinson, então não quero que ninguém tenha pena de mim porque eu luto contra a doença”, completou.