O curta-metragem baiano “Meu Pai e a Praia”, produzido pela Gran Maître Filmes em coprodução com a Sujeito Filmes, volta a ganhar projeção internacional. Após ter sido selecionado, em novembro do ano passado, para a 13ª edição do Africa International Film Festival, na Nigéria, o filme agora terá a honra de abrir o AfroCannes 2025, evento que acontece paralelamente ao Festival de Cannes, na França, entre os dias 15 e 19 de maio.
Escrito e dirigido por Marcos Alexandre, o curta de ficção científica aborda a ausência paterna sob uma perspectiva afrofuturista, entrelaçando temas como afeto, maternidade solo, tecnologia e a busca por vínculos familiares. A trama sensível e potente foi escolhida para integrar a programação da edição que traz como tema central “Afro-Futurismo: Um Diamante Bruto”, dedicada a celebrar a diversidade, promover a inclusão no audiovisual e fomentar conexões entre talentos e agentes do cinema global.
“Exibir ‘Meu Pai e a Praia’ em Cannes e na Filadélfia demonstra a força e o potencial das narrativas afro-diaspóricas feitas na Bahia, capazes de dialogar com as novas linguagens do cinema mundial. Embora seja uma história pessoal, o filme é fruto de um trabalho coletivo no qual todos estavam profundamente imersos na construção de uma Salvador futurista nada convencional que abordasse um tema sensível e comum para muitas famílias negras periféricas”, afirma Marcos Alexandre.
Nesta edição do Festival de Cannes, o Brasil será homenageado como “País de Honra” pelo Marché du Film, o maior mercado internacional da indústria cinematográfica, e terá uma vitrine especial destacando o protagonismo do audiovisual brasileiro no cenário global.
Dobradinha internacional
Além de Cannes, “Meu Pai e a Praia” também foi selecionado entre mais de 180 títulos para compor a programação do Philadelphia Latino Arts & Film Festival (PHLAFF 2025), que acontece entre 25 de maio e 6 de julho, nos Estados Unidos, celebrando o cinema latino e suas múltiplas vozes.