Em pronunciamento oficial, na noite desta quarta-feira (30), véspera do Dia do Trabalhador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que pretende discutir o fim da jornada de trabalho 6 por 1, modelo em que o empregado atua seis dias por semana e folga apenas um. A proposta, segundo ele, visa garantir mais equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
“Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade”, afirmou Lula, ao destacar também avanços econômicos recentes e medidas adotadas pelo governo com foco na valorização da classe trabalhadora.
Ainda durante o discurso, Lula comentou o esquema de fraudes no INSS descoberto pela Polícia Federal. A investigação identificou que associações de convênios vinham realizando cobranças indevidas contra pensionistas. O presidente afirmou que a Advocacia-Geral da União foi acionada para processar os envolvidos e buscar o ressarcimento aos prejudicados.
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Esta foi a primeira vez, em seu atual mandato, que Lula não participou presencialmente dos atos organizados pelas centrais sindicais no 1º de Maio. A ausência foi atribuída ao fato de haver duas celebrações diferentes marcadas para o mesmo dia. Segundo a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o presidente preferiu não comparecer a nenhuma delas.
Nos últimos meses, o governo federal tem buscado reforçar a interlocução com os trabalhadores por meio de medidas como o envio ao Congresso do projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, a regulamentação do trabalho por aplicativos e a liberação de empréstimos consignados para trabalhadores do setor privado via e-Social, essa última já em vigor por meio de medida provisória. As demais propostas ainda aguardam tramitação no Legislativo.