O Ministério das Relações Exteriores confirmou, na noite deste domingo (27), a morte de uma cidadã brasileira após um atropelamento em massa durante um festival cultural em Vancouver, no Canadá.
O nome, o gênero e a idade da vítima ainda não foram divulgados pelo Itamaraty.
Segundo a polícia de Vancouver, o incidente deixou ao menos 11 mortos e mais de 20 feridos. As vítimas fatais tinham entre 5 e 65 anos de idade. O atropelamento ocorreu por volta das 20h de sábado (26), no horário local, equivalente à meia-noite de domingo no horário de Brasília, durante o festival em homenagem ao Dia de Lapu-Lapu, celebrado na zona sul da cidade.
A polícia informou que o ato “não foi considerado terrorismo” e que o motorista, um homem de aproximadamente 30 anos, já está sob custódia. Sua identidade, no entanto, não foi revelada. Segundo o chefe interino da polícia de Vancouver, Steve Rai, o suspeito “era conhecido pela polícia em certas circunstâncias” e agiu sozinho.
O evento, que homenageia Lapu-Lapu — líder indígena filipino que resistiu à colonização portuguesa no século XVI —, reuniu cerca de 100 mil pessoas ao longo do sábado. A tragédia aconteceu no momento em que o público começava a se dispersar.
Em comunicado, autoridades locais expressaram pesar:
“Estou chocado e profundamente triste com o terrível incidente no evento do Dia de Lapu-Lapu. Trabalharemos para fornecer mais informações o mais breve possível. Nossos pensamentos estão com todos os afetados e com a comunidade filipina de Vancouver neste momento incrivelmente difícil.”
Relatos de testemunhas
Testemunhas relataram que o veículo, descrito como um carro preto, trafegava de maneira errática antes de invadir a área onde estavam os frequentadores do festival.
“Não consegui ver o motorista, só ouvi o som do motor acelerando”, afirmou Yoseb Vardeh, co-proprietário do food truck Bao Buns, à rede CTV News. “Saí do meu food truck, olhei para a rua e havia corpos por toda parte.”
O empresário James Cruzat, que também participava do evento, contou:
“Ouvi o carro acelerando e, logo depois, um estrondo alto. Pessoas choravam na estrada, algumas corriam, outras gritavam por ajuda. Tentamos chegar até lá e vimos corpos no meio da rua, alguns mortos, outros feridos.”
