STF decide nesta sexta (25) se mantém prisão de Fernando Collor, condenado na Lava Jato

STF decide nesta sexta (25) se mantém prisão de Fernando Collor, condenado na Lava Jato

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Agência Brasil

Publicado em 25/04/2025 às 08:20 / Leia em 2 minutos

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga, nesta sexta-feira (25), se mantém ou revoga a ordem de prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, detido na madrugada em Maceió por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

A análise ocorre no plenário virtual da Corte, com prazo entre 11h e 23h59. Todos os 11 ministros participam da votação, que pode ser interrompida por pedido de vista.

Collor foi condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em uma ação penal derivada da Operação Lava Jato. O caso envolve o recebimento de R$ 20 milhões em propina entre 2010 e 2014, período em que exercia o mandato de senador por Alagoas.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), os pagamentos foram feitos por empresas beneficiadas por contratos com a BR Distribuidora, então vinculada à Petrobras, cujos diretores eram indicados por Collor.

A denúncia original foi apresentada ao STF em 2015 e incluía também os crimes de peculato, obstrução de Justiça e organização criminosa.

No entanto, essas acusações foram descartadas ao longo do processo, parte por prescrição. A investigação foi sustentada por delações de nomes ligados à Lava Jato, como o doleiro Alberto Youssef, o empresário Ricardo Pessoa, da UTC, e Rafael Ângulo, auxiliar de Youssef.

Durante as investigações, a Polícia Federal apreendeu carros de luxo, uma Ferrari, um Porsche e uma Lamborghini, em uma casa do ex-presidente em Brasília. Os veículos estavam registrados em nome de empresas de fachada e foram usados, segundo o Ministério Público, para lavagem de dinheiro, junto com imóveis e obras de arte.

Na quinta-feira (24), Moraes rejeitou os últimos recursos apresentados pela defesa, classificando-os como protelatórios. Em nota, os advogados de Collor disseram ter recebido a decisão com “surpresa” e “preocupação” e alegaram que ainda cabia ao plenário decidir sobre os embargos e a prescrição apontada. Apesar da contestação, afirmaram que o ex-presidente irá se apresentar para cumprir a ordem.

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