Margareth Menezes fala sobre obras de revitalização do Palácio da Sé aprovadas pelo Ministério da Cultura

Margareth Menezes fala sobre obras de revitalização do Palácio da Sé aprovadas pelo Ministério da Cultura

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Filipe Araújo/Arquidiocese de Salvador

Publicado em 25/04/2025 às 19:16 / Leia em 3 minutos

Um dos marcos do Centro Histórico de Salvador, o Palácio da Sé passará por uma nova etapa de revitalização autorizada pelo Ministério da Cultura. O projeto prevê a restauração de 33 peças do acervo da Catedral Basílica de Salvador e do Centro Cultural Palácio da Sé, com autorização para captação de R$ 514.394,06 via Lei Rouanet. A aprovação foi publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (24).

As obras contemplarão esculturas, colunas, fragmentos, castiçais, uma credência barroca, uma escultura rara em papel machê e 11 personagens de presépios, datados dos séculos XVIII e XIX. As peças fazem parte de um conjunto artístico que compõe a memória religiosa e cultural do país, muitas delas oriundas da antiga Sé Primacial da Bahia, demolida nos anos 1930.

Com exclusividade ao Alô Alô Bahia, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a importância da ação e do equipamento.

“A preservação do patrimônio histórico brasileiro é um dos valores fundamentais da nossa gestão no Ministério da Cultura. A Catedral Basílica de Salvador é um local de extrema relevância histórica, cultural e religiosa para o país, guardando riquezas artísticas que refletem nossa identidade nacional e que terão parte de seus bens restaurados, por meio da Lei Rouanet. Iniciativas como essa mantêm viva nossa história, além de fomentar nossa economia criativa, já que o local também é um importante atrativo turístico da capital baiana”, disse.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938, o Palácio da Sé foi construído por volta de 1705 para ser a sede do arcebispado de Salvador. O prédio, que ficou fechado por duas décadas, foi reaberto em 2019 como centro cultural. Sua fachada é marcada por um portal de pedra de Lioz portuguesa, decorado com o brasão de Dom Sebastião Monteiro da Vide, arcebispo na época da construção.

Segundo o Iphan, a relevância do acervo do Palácio e da Catedral Basílica está diretamente ligada à memória da antiga Sé, cuja demolição gerou comoção nacional e contribuiu para a criação do próprio instituto de preservação.

O projeto aprovado tem prazo de captação de recursos até 31 de dezembro de 2025. A movimentação ocorre em meio às discussões sobre a possível transferência da sede da Prefeitura de Salvador para o Palácio da Sé. Embora o prefeito Bruno Reis tenha afirmado que a proposta está sendo avaliada pelo Iphan, ainda não há confirmação sobre a mudança.

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