Nascido em Cajazeiras, artista baiano faz sucesso ao participar de exposição no Rio de Janeiro

Nascido em Cajazeiras, artista baiano faz sucesso ao participar de exposição no Rio de Janeiro

Redação Alô Alô Bahia

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Gabriela Cruz para Alô Alô Bahia

Divulgação

Publicado em 25/04/2025 às 13:00 / Leia em 2 minutos

Na imersiva e plural exposição “Afro-brasilidade: Homenagem a dois Valentins e a um Emanoel”, em cartaz até 10 de agosto na FGV Arte, no Rio de Janeiro, o artista baiano Brendon Reis se destaca com uma obra que reflete sobre o corpo negro, a intimidade e a espiritualidade. Com curadoria de Paulo Herkenhoff e João Victor Guimarães, a mostra celebra mais de 300 peças de artistas consagrados como Rubem Valentim, Mestre Didi e Emanoel Araújo, além de nomes contemporâneos que revelam a potência e a diversidade da arte afro-brasileira.

Brendon, natural de Cajazeiras, bairro de Salvador, e atualmente residente na Zona Norte de São Paulo, foi convidado por Paulo Herkenhoff para produzir uma obra inédita para a exposição: uma pintura de 1,80 x 1,40 metros da série Colares de Bicha. “Nela, apresento a figura de um jovem negro olhando para o horizonte com suas joias no corpo”, explica o artista em entrevista ao Alô Alô Bahia.

Brendon Reis

A participação de Brendon na exposição  marca um ponto importante em sua trajetória, colocando-o ao lado de ícones da arte brasileira. Para o artista, estar ao lado de nomes como Rubem Valentim, Mestre Didi e Emanoel Araújo representa “uma mistura de orgulho, responsabilidade e pertencimento”. “Sempre me fascina muito o diálogo invisível entre obras de diferentes tempos e visões”, acrescenta.

O processo criativo de Brendon é uma fusão entre o real e o onírico, entre o visível e o invisível. “Eu enxergo essa camada surreal em meu trabalho como uma forma de distorcer o corpo por meio da cor”, explica. Ele utiliza especialmente o azul para criar atmosferas que revelam camadas emocionais e espirituais. “Sempre gostei de pensar o afeto conectando-se ao conceito de existência e à subjetividade negra. Isso é muito interessante para mim: pensar como isso dialoga com nossa identidade e pluralidade”, finaliza.

Uma das obras de Brendon Reis

A exposição “Afro-brasilidade: Homenagem a dois Valentins e a um Emanoel” tem entrada gratuita. O horário de visitação é de terça a sexta-feira, das 10h às 20h, e sábado e domingo, das 10h às 18h.

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