Alexandre de Moraes determina prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello

Alexandre de Moraes determina prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Reprodução/TV Senado

Publicado em 24/04/2025 às 21:32 / Leia em 2 minutos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta quinta-feira (24) os últimos recursos apresentados pela defesa do ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello, abrindo caminho para o início do cumprimento da pena de 8 anos e 10 meses de prisão, estabelecida em 2023 por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da operação Lava Jato.

Na decisão, Moraes considerou que os embargos protocolados tinham caráter “meramente protelatório” e determinou a execução imediata da pena.

A ordem de prisão já está em vigor, e Collor pode ser detido a qualquer momento.

“Após a comunicação do cumprimento do mandado de prisão (…), o Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal deverá proceder à emissão do atestado de pena a cumprir do apenado Fernando Affonso Collor de Mello”, escreveu o ministro.

A pedido de Moraes, o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, convocou o plenário do STF para analisar a decisão individual em sessão virtual extraordinária. O julgamento começa às 11h desta sexta-feira (25) e termina às 23h59 do mesmo dia. Até lá, a ordem de prisão continua valendo.

Entenda o caso

Em maio de 2023, Collor foi condenado pela maioria dos ministros do Supremo pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, cometidos entre 2010 e 2014, quando ainda ocupava uma cadeira no Senado.

De acordo com o Ministério Público Federal, Collor recebeu cerca de R$ 29,9 milhões em propina por meio de contratos firmados entre a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, e a empreiteira UTC Engenharia, para a construção de bases de distribuição de combustíveis.

Outros dois empresários também foram condenados no esquema: Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, que teriam atuado como intermediários nos repasses ilícitos.

Apesar da condenação, Collor vinha recorrendo em liberdade desde o ano passado. No fim de 2023, o STF já havia rejeitado por 6 votos a 4 os primeiros embargos apresentados pela defesa. A nova negativa de Moraes encerra as possibilidades no âmbito do Supremo.

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