Salvador sanciona lei que veta contratação de artistas com conteúdo impróprio em músicas

Salvador sanciona lei que veta contratação de artistas com conteúdo impróprio em músicas

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion/Alô Alô Bahia com informações do Correio*

Fabio Cunha

Publicado em 17/04/2025 às 12:25 / Leia em 2 minutos

A Prefeitura de Salvador sancionou a Lei nº 9.864/2025, que proíbe a contratação de artistas, com recursos públicos, cujas produções musicais contenham teor sexual explícito, apologia ao crime ou incentivo ao uso de drogas. A nova legislação foi publicada no Diário Oficial do Município na quarta-feira (16).

A responsabilidade pela análise dos conteúdos artísticos caberá à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), com atenção especial para os eventos do Carnaval. A lei havia sido aprovada pela Câmara de Vereadores em dezembro do ano passado.

Com a nova norma, todos os projetos artísticos que busquem financiamento junto à Prefeitura deverão apresentar um termo de ciência e concordância com as restrições previstas. O descumprimento da medida pode acarretar retenção de cachê, devolução de valores já pagos e até suspensão por quatro anos da participação em projetos culturais, especialmente se for constatada a presença de menores de idade nas apresentações.

A proposta é de autoria do vereador Alexandre Aleluia (PL), que justificou a iniciativa como uma forma de “promover e preservar a cultura local, a moralidade administrativa e o compromisso com a proteção integral de crianças e adolescentes, estabelecendo critérios para a contratação de artistas em eventos financiados com recursos públicos”.

Medida reforça legislações anteriores

O debate sobre a proibição de financiamento público para artistas com conteúdo considerado impróprio não é recente. Em 2012, foram sancionadas duas leis apelidadas de “antibaixaria”: a municipal nº 8.826 e a estadual nº 12.573. Ambas vetam a contratação de artistas que incentivem a violência ou desvalorizem as mulheres em suas músicas.

Essas legislações também proíbem manifestações com teor homofóbico, racista ou que façam apologia ao uso de drogas ilícitas. Durante o Carnaval de 2023, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou que a Prefeitura fiscalizasse as apresentações para assegurar o cumprimento dessas normas.

Compartilhe

Alô Alô Bahia Newsletter

Inscreva-se grátis para receber as novidades e informações do Alô Alô Bahia