Entre os destinos mais procurados do Brasil, Salvador manteve seu protagonismo mesmo após o fim da alta temporada. Em março, a capital baiana registrou taxa de ocupação hoteleira de 68,38%, evidenciando um crescimento significativo em relação ao mesmo período de 2024, quando o índice foi de 61,27%.
O desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelo Carnaval, celebrado, neste ano, entre os dias 27 de fevereiro e 4 de março, período que tradicionalmente eleva as taxas de ocupação e os valores das diárias muito acima das médias anuais.
Mesmo ao desconsiderar os dias de folia, os números seguem otimistas: a ocupação média dos demais dias de março superou 66%, com picos superiores a 80%, como no fim de semana de 14 a 16. Esses dados reforçam o aumento constante do fluxo turístico durante todo o mês, não apenas durante o Carnaval.
A diária média em março foi de R$ 850,35, valor consideravelmente superior ao registrado no mesmo mês de 2024, reflexo direto da alta demanda. Combinado ao crescimento da taxa de ocupação, o Revpar (receita por apartamento disponível) chegou a R$ 581,44, com destaque para a valorização da diária. Excluindo os hotéis de luxo, a diária média no período foi de R$ 660,45.
Os resultados confirmam uma tendência de crescimento sustentado do setor hoteleiro em Salvador, impulsionada pela recuperação da demanda turística nos últimos anos. No primeiro trimestre de 2025, a cidade alcançou média de ocupação acima de 70%, números comparáveis aos de 2018 e 2019, períodos pré-pandemia de forte desempenho para o turismo local.
“Começamos agora o trimestre mais desafiador para a hotelaria (abril a junho), atividade muito sazonal. Neste período, são particularmente importantes as ações de promoção e a realização de eventos e congressos capazes de garantir a ocupação e os empregos fixos desta atividade, altamente empregadora”, ressalta Wilson Spagnol, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Seção Bahia (ABIH-BA).
Os dados apresentados são da Pesquisa Conjuntural de Desempenho (Taxinfo), realizada pela ABIH Bahia e ABIH Nacional, com informações fornecidas digitalmente pelos hotéis ao Portal Cesta Competitiva. O levantamento constitui a principal referência para acompanhar a evolução da atividade hoteleira na capital baiana.