A modelo brasileira Francielly Ouriques foi presa e deportada dos Estados Unidos na última quinta-feira (11), ao desembarcar no aeroporto de Chicago com destino ao festival Coachella, na Califórnia. A informação foi divulgada pela própria modelo em vídeos publicados nas redes sociais.
Segundo Francielly, a abordagem ocorreu logo após sua chegada ao país, quando foi questionada por um agente sobre o conteúdo de sua bagagem. Embora tenha negado portar qualquer item ilícito, ela foi encaminhada a uma sala de revista, onde começou a investigação conduzida por agentes da imigração.
De acordo com o relato, os oficiais apontaram três irregularidades: a primeira envolvia uma mala que Francielly despachou em seu nome, mas que pertencia a um amigo — atitude que a modelo reconheceu como um erro. O segundo ponto dizia respeito ao transporte do medicamento Tramal (cloridrato de tramadol), um analgésico da classe dos opioides, considerado de uso controlado nos EUA. O terceiro motivo foi o conteúdo do telefone celular da modelo, onde, segundo ela, os agentes alegaram haver indícios de supostas atividades ilegais no país.
Francielly também contou que, no passado, teve a intenção de abrir uma empresa nos Estados Unidos e chegou a consultar prestadores de serviço sobre vistos e green card, o que, segundo ela, contribuiu para levantar suspeitas durante a abordagem.
Após a entrada ser negada, a modelo foi detida e permaneceu em uma cela por cerca de 12 horas, sem acesso ao telefone ou possibilidade de contato com o consulado brasileiro. “Eu fiquei o restante do dia presa em uma cela de três metros quadrados, com um banco, um colchonete, um lençol de plástico e um vaso sanitário”, relatou.
Ela afirmou ainda que foi escoltada até o terminal para embarcar de volta ao Brasil, e que seu passaporte foi retido pelas autoridades americanas, sendo devolvido apenas após a chegada ao país de origem. O visto americano de Francielly foi revogado.
Ao desembarcar, a modelo procurou a Polícia Federal em busca de orientação, mas foi informada de que não havia muito o que fazer em relação à revogação do visto. “Eu me senti completamente desprotegida, vulnerável, com muito medo e agora completamente traumatizada”, afirmou. Francielly declarou ainda que não pretende retornar aos Estados Unidos.