Com festa, Aleixo Belov embarca em Salvador aos 82 anos para travessia inédita rumo ao Ártico

Com festa, Aleixo Belov embarca em Salvador aos 82 anos para travessia inédita rumo ao Ártico

Redação Alô Alô Bahia

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Leonardo Papini

Publicado em 12/04/2025 às 12:38 / Leia em 2 minutos

Aleixo Belov zarpou de Salvador neste sábado (12) rumo a um novo desafio: o Ártico. Considerado o melhor navegador do Brasil, ele pretende concluir o desafio da “Passagem Nordeste”, que conecta o Atlântico ao Pacífico através da Sibéria, no frio norte da Rússia.

Aos 82 anos, ele já concluiu cinco voltas ao mundo.

O embarque ocorreu com festa e muitas homenagens na Cidade Baixa.

O percurso previsto é tradicionalmente reservado a grandes embarcações, capazes de romper os imensos blocos de gelo que cobrem o mar do Ártico quase o ano todo. “Esse será meu maior desafio”, afirma Belov, ucraniano radicado na Bahia, que vê a nova empreitada como um objetivo de vida. “Já naveguei por todos os mares, só falta a Sibéria”, revela o pai de cinco, avô de três e bisavô de um.

O velejador deve aproveitar a curta janela de oportunidade que se abre durante apenas três semanas do ano em que o gelo na região se dissolve. Para garantir a navegação, ele contará com uma equipe russa a bordo, necessária não apenas para a navegação, mas também para enfrentar a burocracia local, considerada militarmente restrita.

Esta não será a primeira vez de Belov nas proximidades. Em 2022, ele navegou pela “Passagem Noroeste”, que liga o Atlântico ao Pacífico, mas pelo outro lado do Ártico, atravessando o norte do Canadá. Completando o desafio pelo lado da Sibéria desta vez, ele enfrentará condições igualmente extremas e desafiadoras. “Vou precisar de ajuda, especialmente com o idioma e as autoridades locais”, reconhece o experiente navegador, que terá o capitão Sergei Shcherbakov ao seu lado.

Além dos desafios do clima rigoroso, Belov sabe que as limitações físicas também são um ponto a mais de atenção. “Meus joelhos não estão bons e vou precisar de apoio para lidar com as velas”, revela ele.

A expectativa da comitiva é alcançar a cidade russa de Murmansk até o final de julho e que a jornada pela Sibéria leve cerca de três meses, considerando possíveis imprevistos.

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