CAIXA Cultural Salvador recebe exposição póstuma em homenagem a Jayme Figura

CAIXA Cultural Salvador recebe exposição póstuma em homenagem a Jayme Figura

Redação Alô Alô Bahia

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Daniel Lisboa

Publicado em 11/04/2025 às 13:22 / Leia em 2 minutos

A CAIXA Cultural Salvador abre as portas para a exposição “Jayme Fygura: De Corpo e Alma”, um tributo póstumo ao artista plástico, poeta e performer que marcou a cultura soteropolitana com sua estética singular e sua intensa vivência artística.

A abertura da exposição acontece na terça feira, dia 15, às 19h, e a visitação estará disponível de 16 de abril a 06 de julho de 2025 e conta com patrocínio da CAIXA.
A mostra reúne 50 obras inéditas, 27 pinturas em acrílico sobre tela e 18 objetos icônicos, incluindo esculturas em ferro, cabeças, falos de Exu, manuscritos e vestimentas performáticas. Também compõem a exposição projeções audiovisuais e o documentário “Sarcófago”, dirigido por Daniel Lisboa, que investiga o universo criativo de Fygura.

Além disso, o público poderá assistir a um registro inédito de um show do artista, gravado pelo mesmo cineasta, e explorar elementos sonoros produzidos pelo próprio Jayme, como sua icônica caixa de som.
Para o curador Danillo Barata, a exposição busca recriar o impacto sensorial e visual que Fygura provocava em sua trajetória.

“Suas esculturas, máscaras e pinturas exploram o corpo como território de inscrição da violência, mas também da reinvenção. Em sua produção, Jayme se apropriava de materiais reciclados, sucatas e detritos urbanos, subvertendo a estética da precariedade em uma estratégia de potência criativa. As figuras híbridas e grotescas que emergem de suas obras desestabilizam qualquer leitura homogênea do corpo negro, tensionando noções de humanidade e subalternidade”, destaca.

Sobre Jayme Fygura

Conhecido como “o homem da máscara de ferro”, Jayme Fygura construiu uma obra marcada por tensão, deslocamento e ressignificação. Através da pintura, escultura, performance e objetos indumentários, ele explorou a relação entre corpo, ancestralidade e resistência cultural. Sua produção desafia as fronteiras entre arte, política e espiritualidade. A máscara, elemento central de sua estética, não apenas oculta, mas também denuncia, transformando-se em um dispositivo simbólico de afirmação e proteção.

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