Padre Luís Simões vai comemorar 70 anos com encontro especial na Igreja da Vitória

Padre Luís Simões vai comemorar 70 anos com encontro especial na Igreja da Vitória

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 10/04/2025 às 15:32 / Leia em 4 minutos

O padre Luís Simões, responsável pela Paróquia Nossa Senhora da Vitória, em Salvador, celebrará 70 anos com um encontro especial no próximo dia 5 de maio. A comemoração ocorrerá às 18h, após a missa dedicada à Virgem Maria.

Em entrevista ao Alô Alô Bahia, o clérigo adiantou que será uma celebração simples: um encontro com amigos e fiéis. “Vai ter um bolinho”, brincou.

“Fico contente por celebrar 70 anos. Para mim, é o máximo estar bem e fazendo tudo nesta idade. Estou celebrando muito a vida, a saúde e os todas as pessoas que fazem parte da minha vida. Tenho muito a agradecer”, completou o religioso.

Trajetória
Em 2024, Luís, nascido em Ilhéus, completou 40 anos atuando como padre. Só Igreja da Vitória já são 23 anos.

Em 1984 ele foi ordenado padre pelo então cardeal dom Avelar Brandão Vilela. Inicialmente, ficou por quatro anos como vigário paroquial da Vitória, ao lado de Monsenhor Gaspar Sadoc. Depois, o então cardeal Dom Lucas Moreira decidiu que era a hora do padre Luís ter uma paróquia para chamar de sua. Passou pela Paróquia de Nossa Senhora da Penha, por Itapuã, e depois voltou para o lugar onde tudo começou, a Igreja da Vitória. “Sempre estive aqui nessa área, me sinto integrado na comunidade, aceito, embora ninguém seja 100% aceito, mas somos felizes dentro dos limites de cada um”, avalia em entrevista ao Alô Alô Bahia.

Figura bastante conhecida e querida na comunidade, padre Luís diz que, como padre, acaba exercendo diversos papéis. É conselheiro, confidente, amigo. “As pessoas procuram o padre em todas as circunstâncias da vida, em momentos de desafios, de alegria, de partilha, de vida, de festa, de tantas coisas boas”. Todos os domingos, antes da celebração, ele se prepara como se fosse algo que fosse fazer pela primeira vez. É que ele diz que odeia a mesmice e, consequentemente, a ideia dos fiéis acharem que estão assistindo à mesma missa.

“Me preparo, estudo pra saber o que vou dizer, para sair da mesmice. A palavra é muito dinâmica, muito atual. Temos que questionar e ser questionado. Falar de uma forma que mostre a realidade e questione para que possa com um olhar crítico melhorar, crescer. Não precisa gritar com ninguém, expulsar ninguém, nem se achar melhor do que ninguém”, diz.

O padre ressalta ainda que hoje as pessoas vivem num cenário de radicalismo, de extremismos e exclusão dos diferentes. “Hoje tem um radicalismo, as pessoas são fechadas num ponto de vista ideológico, inclusive na Igreja. Acho que Deus é mais amplo e mais aberto para caminhar com todo mundo, aceitando. Procuro sempre questionar, mas sem querer impor norma moralista a ninguém. Isso não convém, nem é cristão. Nunca obriguei ninguém a nada, cada um tem que descobrir, tem que ser livre e fazer o bem”, defende.

Junto com a vida religiosa veio o chamado para exercer outro papel: o de professor. Por 29 anos se dividiu entre as missas e atividades religiosas e as salas de aula. “Ensinei Teologia, depois Direito Canônico, Ética Geral e Profissional, fui aprofundando na questão como padre, mas gostava da universidade, sempre gostei de lecionar. Trabalhei 29 anos como professor”, conta. Entre os alunos, ele cita nomes como o prefeito Bruno Reis, a vice-prefeita Ana Paula Matos, o vice-governador Geraldo Júnior, o comandante da Polícia Militar, Paulo Coutinho, entre outros.

Na sala de aula, deixava de ser o padre Luís e virava o professor Luís. “Costumava dizer: sou padre, mas aqui venho em nome de um magistério. Sempre fui muito rigoroso quanto a presença dos alunos, a pontualidade. Mas quem fosse às aulas não tinha problema comigo, quem não ia, perdia por falta”, recorda.

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